É uma qualidade do Eu maior funcionando em nós quando a mente exterior fica quieta, vazia e receptiva e, ao mesmo tempo, se mantém aberta para todas as possibilidades.

O silêncio interior vai transmitir luz e calor do ponto de vista energético. Surgirá uma força que jamais soubemos que possuíamos. Do ponto de vista da consciência, vamos ter conhecimento, orientação, verdade, inspiração, sabedoria e conselho quanto aos assuntos do dia-a-dia, nos maiores e nos mais ínfimos aspectos da vida.

O caminho para a realidade e a orientação interior é trabalhoso. Mas é trabalhoso basicamente porque imaginamos que a verdade está muito longe, muito mais longe do que de fato está. Não conseguimos conceber o que a vida já é, neste exato momento, e como ela poderia ser se pudéssemos ver, entender, perceber a verdade.

O primeiro nível da realidade é aquilo que pensamos que existe.

O segundo nível da realidade é aquilo que de fato existe.

O terceiro nível da realidade é aquilo que poderia existir.

O nível do que efetivamente existe é sempre um enorme alívio em comparação com aquilo que acreditamos que existe. A verdade nunca é nem de longe ameaçadora como as meias verdades nebulosas e as fugas, sejam quais forem.

A realidade pode ser expandida na exata medida em que desejarmos expandir o horizonte, ou as fronteiras dos nossos conceitos. É preciso alimentar esse processo. Precisamos ouvir com o ouvido interior e, no entanto, é necessário que não pressionemos, mas permaneçamos receptivos para o momento e o modo como ele vai nos preencher. Esse é o único meio de encontrar o próprio sustento interior, a nossa divindade, e de tornarmo-nos um receptáculo do grande poder universal que é liberado e que se manifestará em nossa vida ainda mais do que alguns de nós já vivenciamos e cada vez mais.