Necessidades insatisfeitas
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Veja: Desespero, Dor da insatisfação, Frustração

São aquelas que ocasionam a dor do presente.

Essa dor não é a mesma dor original da infância. Fazer essa diferenciação exige tempo e auto-observação.

A dor mais aguda é o desespero provocado pelo desencanto com nós mesmos e com a vida no presente, e não no passado. O passado só é importante porque ele fez com que instituíssemos a maneira de ser improdutiva, que é responsável pela dor atual. Se a examinarmos até o fim, tomando ciência de seu significado, vamos perceber que são as necessidades insatisfeitas do presente que causam dor.

A frustração é a nossa incapacidade, no presente, de conseguir satisfação. Quando sentimos a dor, antes de atravessar o limiar da maturidade emocional e dos padrões produtivos, temos a possibilidade, se assim quisermos, de adquirir a consciência exata dessas necessidades. Isso é inevitável, se desejarmos sair do atual estado de vida improdutiva.

Durante o processo de conscientização das necessidades e da frustração causada pela insatisfação, vamos descobrir primeiro uma aguda necessidade de sermos amados – assim como a criança precisa receber amor e afeto.

A necessidade de ser amado, no entanto, não é necessariamente infantil e imatura. Ela só é assim quando o adulto trava a alma e se recusa a crescer, no sentido de desenvolver a capacidade de dar amor, de modo que a necessidade de receber fica isolada e também encoberta.

O uso dos padrões destrutivos leva-nos a jogar no inconsciente a doída necessidade de receber. Devido a essa falta de consciência, e também aos diversos mecanismos de defesa, a nossa capacidade de dar não se desenvolve dentro da psique. No entanto, quando eliminamos alguns níveis destrutivos, começa “sem querer” a existir a nossa capacidade de dar amor, mesmo que não estejamos plenamente conscientes dela.

Quando nos deparamos com a dor, o que de fato acontece é a enorme pressão dessas necessidades. De um lado, ainda existe a necessidade insatisfeita de receber, enquanto prevalecem os padrões destrutivos. Leva algum tempo para instituir padrões positivos, para descobrir o caminho que leva à satisfação da necessidade de receber. De outro lado, a necessidade de dar não encontra um canal de vazão antes de ser atingida essa etapa. Assim, criam-se uma dupla frustração e uma enorme pressão. Essa pressão provoca muita dor. A sensação é de dilaceramento.

No entanto, toda essa frustração e dor já existiam antes de tomarmos conhecimento delas. Existiam e criavam outros canais de vazão, talvez na doença física ou em muitos outros sintomas. No processo de cura, ao atingir o cerne da questão, a pressão e a dor podem se intensificar ainda mais. Mas estaremos com o foco na causa central do problema, abrindo caminho para reconhecer exatamente nossas necessidades: dar e receber; a frustração de não encontrar um canal de vazão; a pressão acumulada; a impotência passageira na busca de alívio; a tentação de fugir de novo, como fizemos anteriormente. À medida que lutamos nos fortalecemos deixando de fugir de nós mesmos, criando e aproveitando oportunidades até a mudança dos padrões ocorrer e se ampliar.

Palestra: 100

100: ENFRENTANDO A DOR DOS PADRÕES DESTRUTIVOS

ABC

Sentença do Guia “A jornada para a crença positiva, a fé nas possibilidades de desdobramentos positivos exige um período de crescimento, um período de amadurecimento. Essa necessidade existe simplesmente porque seus processos mentais estão tão acostumados a acreditar no negativo que precisam ser reajustados.” P.236