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Veja: Cercas internas, Consciência compulsiva, Separatividade
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É uma substância espiritual que criamos como resultado do que pensamos, sentimos e somos. Essa substância é em parte feita da nossa boa vontade ineficaz devido às conclusões erradas e à ignorância.
A finalidade da parede interior é manter o negativo oculto, e uma das motivações desse desejo é na verdade a boa vontade mal usada. Mas em parte a parede também é feita de covardia, orgulho, vontade do eu e impaciência. Impaciência porque, devido à ignorância, desejamos obter a perfeição muito mais depressa pelo simples expediente de edificar essa parede e trancar por trás dela aquilo que requer muito mais tempo e esforço para se eliminar de fato.
De um lado, somos impacientes demais. De outro, somos também acomodados demais para efetivamente nos desfazermos do que está por trás da parede. Assim, todas essas tendências constituem o material de que é feita a parede em nossa alma.
À medida que avançamos no caminho do autoconhecimento e da perfeição, começamos vagarosamente a tirar algumas tendências e atitudes de trás da parede. Elas passam a ficar na nossa frente, isto é, na consciência.
No entanto, é bom se precaver contra uma atitude de iniciar bem essa tarefa, tirando algumas tendências ocultas de trás da parede, e inconscientemente fortalecer a parede. Isso acontece quando um pensamento, ensinamento, filosofia ou reconhecimento verdadeiro serve como fachada da parede atrás da qual continuamos a nos esconder, como se a verdade servisse de meio de esconderijo.
É importante visualizar a parede. Não podemos vê-la fisicamente, mas podemos senti-la em nós mesmos como uma rigidez, como algo que nos impede de ficar completamente vazios e fluentes.