Plano de Salvação
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Veja: Cristo, Esferas da consciência, Leis Espirituais, Nível emocional, Queda

É o retorno, em algum momento, de todos os seres caídos para Deus por sua livre escolha.

A compreensão desse plano passa pelo entendimento do que constituiu a queda dos anjos após a criação das diversas esferas espirituais e, no que diz respeito a este planeta, do papel que Jesus Cristo desempenhou.

A criação da Terra é fruto do anseio dos espíritos que caíram e que vivem na escuridão há muito tempo e do anseio dos espíritos que permaneceram no reino de Deus, de que seus irmãos e irmãs caídos voltassem à luz divina. O que se conhece como a queda dos anjos foi um lento processo de degeneração no qual tudo que era divino se transformou em seu aspecto oposto. E com isso houve uma separação entre os que abusaram e os que não abusaram do poder.

Esse estado de coisas parecia insolúvel no que diz respeito à salvação dos seres caídos, pois mesmo que eles chegassem ao ponto de desejar voltar a Deus, não poderiam fazê-lo, pois estavam sob o domínio de Lúcifer. Para poder salvá-los do mal, sem, contudo, infringir Suas próprias leis, mantendo o livre arbítrio de todas as criaturas, Cristo desempenhou o mais importante papel.

Antes de encarnar, ainda no plano espiritual mais elevado, Ele convocou todos os espíritos do mundo de Deus para colaborar no Plano de Salvação, cada um em sua área específica. Em aquiescência, eles adiaram sua meta de desenvolvimento para colaborar no Plano, deste e de todos os outros, relativos às outras esferas divinas.

Cristo também escolheu e enviou vários espíritos puros para viver na Terra, bem como organizou os ensinamentos que eles deveriam levar à humanidade quando encarnados, por meio de inspiração e orientação ou de comunicação com o mundo de Deus. Quando certo número de pessoas prontas e realmente conhecedoras de Deus desejaram a união total com Ele, iniciou-se a maior parte do Plano de Salvação que Cristo tomou a Seu cargo, enfrentando Lúcifer quando chegou o momento.

Lúcifer, que comandou a queda, afirmou que reconheceria a total justiça das leis divinas, se existisse um ser do mundo de Deus que vivesse como homem e que, sem qualquer proteção ou orientação direta do mundo divino, em determinados momentos cruciais, continuasse fiel a Deus, apesar das tentações e de passar pelas maiores dificuldades e aflições. Cristo disponibilizou-se para esta tarefa e a realizou, vencendo os poderes da escuridão.

Assim, Cristo não pode ser comparado à pessoa alguma que já viveu no planeta, por mais pura que tenha sido e por mais preciosos que tenham sido seus ensinamentos, pois Ele mostrou, em atos, e em circunstâncias infinitamente mais difíceis, o que outros ensinaram. A partir daí, nada pode interromper o Plano de Salvação. E cada pessoa que nasce em nosso planeta tem uma tarefa a desempenhar no sentido de tornar as leis divinas uma realidade viva no pensar, sentir e agir.

De acordo com seu nível de desenvolvimento, o aprofundamento será cada vez maior. Desses níveis, o mais difícil é o nível emocional, porque muitos sentimentos são inconscientes e não se pode controlá-los de maneira direta como os pensamentos e ações, o que requer intenso trabalho de autoanálise e uma completa absorção das Leis Espirituais antes que as emoções possam mudar. Esse processo de mudança é individual e coletivo.

A humanidade como um todo segue no desdobramento do que estava inscrito na semente do Plano de Salvação: adquirir uma nova visão na qual o eu e os outros são percebidos como um só, o que exige desenvolver a consciência interior, liberando Deus dentro de nós, criando uma nova organização de valores eternos que já existiam na velha consciência, mas que precisam ser expressos de um novo modo na nova era.

Palestras: 001, 020, 021, 022, 059q, 227

001: OS REQUISITOS DO CAMINHO: O MAR DA VIDA
020: DEUS: A CRIAÇÃO
021: A QUEDA
022: SALVAÇÃO
059: PERGUNTAS E RESPOSTAS
227: MUDANÇA DA LEI EXTERNA PARA A LEI INTERNA NA NOVA ERA

ABC

Sentença do Guia “A fé é compreensão superior, a fé é saber e este saber é graça. É preciso fazer juz à graça. Isto acontece quando a boa vontade da pessoa se torna manifesta e conquista as correntes transversais inconscientes que tentam negar a verdade.” P. 012