É uma capacidade inata do homem. Muitos, porém, não reconhecem a potência do próprio material psíquico e não sabem como ele inevitavelmente se traduz na criação da matéria, de acontecimentos e circunstâncias, e de experiências de vida.

O medo e a culpa são poderosos agentes criativos porque possuem muita energia. Do lado positivo, o entusiasmo, a alegria, a vitalidade, o interesse e o estímulo são agentes de energia igualmente poderosa.

Quando as pessoas empreendem sua exploração interna como a principal tarefa da vida, toda a inquietação desaparece e se instala um profundo senso de significado e preenchimento. Aos poucos as frustrações da vida começam a desaparecer e um profundo senso de realização começa a ocupar seu lugar, pois o homem só pode encontrar seu lugar na vida quando foca sua atenção na razão pela qual está neste plano.

Ao conciliar a divisão do ego com o eu real, total, descobrindo o princípio unificador, também descobrimos que o nosso interesse nunca está em oposição aos interesses dos outros (embora à primeira vista possa parecer que está), e que o poder e o amor não precisam ser opostos. Nesse momento, podemos começar a usar o poder inato de criar e recriar a própria vida e a nós mesmos.

Passamos a entender melhor por que o conhecimento do nosso poder de criar é perigoso, enquanto não purificarmos o aspecto distorcido que encontrou expressão nesse corpo e nessa vida, e enquanto esse aspecto não tiver descoberto as realidades interiores eternas que são muito mais reais do que aquilo que julgamos como realidade exterior.

O verdadeiro poder é gerado com a intenção. Da singeleza de propósito, da atitude isenta de conflitos por trás da palavra pensada e enunciada vem o poder criativo que se revela na unicidade e na integridade do que é pensado e enunciado.

Sentimentos, desejos, conceitos, percepções, conhecimentos precisam formar uma única corrente de energia fundida, compatível, coesa. Aí, então, o poder da palavra é enorme. A criação pela palavra assume forma e feitio.