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É uma escolha, pré-requisito indispensável para a realização espiritual e material. Só então o abandono da pessoa aos processos involuntários pode ser seguro.
A pessoa autodisciplinada pode entregar-se à sua espiritualidade, à sua sexualidade, aos seus sentimentos e processos mais profundos. Ela está segura. Ela se posta sobre o firme terreno da realidade. Ela preenche as funções do seu ego, ao invés de dispensá-lo totalmente, o que é uma abordagem falsa.
Uma forma errônea de compreender a autodisciplina é a que a considera como privação.
A resistência à autodisciplina, a necessidade de fazer desordem em nossa vida é uma expressão de problemas profundos. A paz e o conforto são produtos da autodisciplina, do prazer e da felicidade, do fluxo involuntário da vida que a atravessa, quando o nosso ego se ancora sobre a base firme da autodisciplina.
Liberdade e espontaneidade, de um lado, e autodisciplina, de outro lado, não se excluem mutuamente, como a maioria das pessoas acredita, mas são forças que interagem, complementam-se; ligam-se e são interdependentes. A verdadeira liberdade, com toda a sua alegria, e toda a sua autoexpressão libertadora, só pode existir na medida em que a autodisciplina também exista.