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Veja: Dor da insatisfação, Parede interior
É um sentimento que ocorre quando estamos separados da nossa mente inconsciente por uma parede tão espessa quanto nosso medo e resistência em nos confrontarmos com total veracidade, sem subterfúgios. Assim, o homem fica separado de seu Eu Real com todo o desembaraço e liberdade, toda sabedoria e potencial. Este é o único motivo da verdadeira impotência do homem.
O sentimento de impotência manifesta-se como incapacidade para realizar alguma ação e de falta de controle para lidar consigo mesmo e com as situações. Quanto maior esse sentimento, menos a personalidade consegue evitar a dor.
A criança, por natureza, é impotente, fraca, dependente, e por isso cria meios para diminuir o efeito do que atinge sua personalidade. Se o adulto mantém uma psique infantil ou imatura esse sentimento persiste. Em escala mais ampla, a impotência é um dos aspectos mais problemáticos da humanidade.
A área sobre a qual o homem tem controle é proporcional à medida que o Eu Real for encontrado no seu interior. Onde o Eu Real estiver oculto aí termina o controle e o homem se sente impotente, fraco e temeroso. A extensão do controle não pode acontecer por meio de um rígido retesamento das forças do ego (vontade, raciocínio, processos mentais). É um processo indireto em que as faculdades do ego são usadas para diminuir a força da vontade exterior e conectá-la à vontade interior.
O entorpecimento inconsciente é um ponto de renúncia que a vontade interior pode exercer. A impotência imaginada em relação ao viver e crescer precisa ser investigada. Para tanto, é preciso:
a)identificar a sensação de impotência;
b)chegar à causa exata da insatisfação;
c)examinar a ação em função de equívocos e imagens e a reação às emoções negativas, seus efeitos e emanações sobre os outros;
d)apreciar como nos imaginamos ter ou ser e o que poderíamos obter ou nos tornar.
Eva Pierrakos. Caminho para o Eu Real. São Paulo: Publicação Interna Pathwork São Paulo, 2012, Capítulo 8.
Palestras: 128, 134