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Veja: Ferida, Inconsciente, Vontade interna
É camada da consciência diferente do consciente e do inconsciente.
O subconsciente é contrário a abandonar seus subterfúgios; para ele, expor-se é sério perigo. Ele é ignorante e tira conclusões totalmente erradas a esse respeito, como em muitos outros.
Se o subconsciente for tomado isoladamente, sem a percepção da lei espiritual e determinados fatos e verdades espirituais, a pessoa pode ter um colapso. É como se desmontássemos uma máquina e não soubéssemos como montá-la de novo. Pode ser algo útil, mas também perigoso.
É o subconsciente que recria a ferida da infância. Como a criança em nós não consegue entrar em diálogo com o passado, nem perdoar, compreender e aceitar, ela recria continuamente condições semelhantes às vividas, tentando vencer no final a fim de resolver a situação ao invés de sucumbir a ela. O procedimento todo é completamente destrutivo.
Em primeiro lugar, é uma ilusão achar que fomos derrotados no passado. Logo, é uma ilusão achar que agora seremos vitoriosos. Além do mais, é uma ilusão que, a falta de amor, triste como pareceu ser quando éramos crianças, seja a tragédia que o nosso subconsciente ainda vive. O subconsciente está sempre preocupado com o processo de re-encenar a peça, apenas esperando que "desta vez seja diferente". E nunca é!
No entanto, o subconsciente pode ser instruído. Essa "instrução" é a expressão da nossa vontade interior. Ao mesmo tempo em que percebemos perfeitamente bem que certas emoções ainda não podem funcionar de modo correto, podemos expressar o desejo de que elas possam chegar a isso. Esse desejo deve ser expresso com calma, sem pressão ou pressa, com a percepção profunda de que as emoções não mudam com rapidez.
Uma parte importante dessa instrução deveria ser nosso desejo de tornar consciente como, onde e por que nossas emoções ainda se desviam da verdade. Precisamos também de uma percepção maior sobre os momentos nos quais ainda ficamos confusos e sobre nossas perguntas internas não respondidas. Finalmente, temos que nos desapegar de toda a resistência a nos enxergar total e honestamente, sem nenhuma restrição. Deste modo, não vamos superpor reações corretas a emoções ainda distorcidas, evitando as armadilhas do autoengano e da autossugestão.
O nosso subconsciente afeta o subconsciente de outra pessoa. Para saber como isso ocorre, temos que nos observar para constatar a camada de nossa personalidade a partir da qual nós atuamos. Apenas então podemos verificar o comportamento e a conduta da outra pessoa e comparar. Bem cedo vamos deixar de ser enganados pelas aparências. Por exemplo, nossa desconfiança pode ser clara e a da outra pessoa pode ser camuflada sob uma máscara de impetuosidade.
Esta capacidade de observação é importante e tem relação com o paradoxo aparente de que não podemos ser feridos pelos outros e, ainda assim, seria danoso prosseguir segundo este pressuposto e ceder aos mais baixos instintos.
Palestras: 027, 047q, 060, 072q, 073, 111q