É o estado oposto ao amor e, portanto, impede nossa capacidade de amar.

É uma emoção que não pode ser evitada. Resultado de muitas outras emoções, não pode ser eliminado por uma admoestação. O medo somente pode ser atacado mediante um processo de entendimento psicológico e pela eliminação das causas.

O gradual desdobramento dos processos dos nossos desvios emocionais, seu entendimento e correção dos conceitos falsos colaboram para a compreensão de que o medo irracional é sempre egoísmo e separação. Em seguida, os motivos que criaram o medo poderão ser eliminados.

O medo é a negação de outros sentimentos. Quando o sentimento original é aceito e vivido, o nó se desfaz. Pode derivar do apego excessivo ao ego – autopiedade, vaidade, covardia, orgulho, pequenos desgostos e dores, em resumo, tudo que nutre o ego – que está sempre procurando ficar em primeiro plano. Claro, isso, na maior parte das vezes, é inconsciente e deverá se tornar consciente para que as correntes doentias sejam eliminadas.

Todos os seres humanos apresentam áreas que temem. Admitir esse medo, sem tentar empurrá-lo para o lado, significa construir a primeira parte forte da ponte para o ser interior, que estava afastado da personalidade. O que vem depois já não é tão difícil. Ao conhecer o medo, questioná-lo, contestá-lo, criamos uma nova pulsação em nosso ser.

O medo que não é enfrentado – e, portanto, transcendido – se transforma em energia venenosa, tóxica. O medo que nem mesmo é consciente, mas que se manifesta indiretamente, é muito mais poderoso e debilitante.

Vários aspectos do medo são tratados nas palestras: medo e devaneios (098q); medo e perfeccionismo (097q); medo e autorresponsabilidade (131q); medo e raiva (133q); medo como bloqueio do amor (107); fatores do medo (007q); travessia do medo (160); medo do desconhecido (123); medo da atividade e da passividade (146); medo da experiência (159q); medo dos sentimentos (165 e 166); medo dos sentimentos negativos (204); medo do preenchimento e da perda do eu (122); medo de deixar ir (156q e 158); medo do prazer (177); medo de abandonar o pequeno ego (242); medo de amar (072) e medo do amor (121); medo e necessidades da infância (191); medo como defeito (027); medo e abordagens filosóficas sobre a vida e o mundo espiritual (130); medo de si mesmo (184); medo do movimento, da mudança e da morte (230).