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Veja: Corrente-sim e corrente-não, Defesa
É o medo de enfrentar a vida como ela se apresenta em todos os seus aspectos.
Esse medo pode ser vivido de muitas formas. Uma delas é a de evitar a experiência, fugindo dela e ao mesmo tempo atraindo-a. Outra forma é viver a experiência, mas não se apropriar do que aprende e conquista com ela. É como se houvesse uma película entre nós e a experiência, uma película espessa, vitrificada, como uma parede plástica. Essa parede nos separa da capacidade de sermos tocados pela experiência.
O crescimento significa, entre outros aspectos, o adelgaçamento gradual até a eliminação final dessa película, para que o homem possa ter experiências diretas. Isso tem um significado profundo, porque enquanto o homem se esquivar dessa experiência direta, sem proteção, ele tem problemas consigo mesmo. Ele se sente necessariamente fraco, dependente, temeroso e, acima de tudo, privado.
Quanto mais a pessoa se livra de conceitos errôneos, e desperta para a vida, mais fina se torna essa película, e mais ela experimenta diretamente a vida. Quanto mais espessa a camada, mais a experiência está separada de nós mesmos. Sempre que a experiência nos toca, por haver emoções presentes, nos encolhemos amedrontados. Esse medo é uma conclusão errada.
A experiência do prazer, assim como do desprazer, não pode jamais nos fazer mal, a menos que acreditemos que nos fará mal. E só fará mal, porque nos protegemos dela e nos fechamos para ela. Os estados de ansiedade experimentados decorrem exclusivamente do medo do prazer e do desprazer.
Para sair desse estado, precisamos reconhecer que o nosso inconsciente ainda não está tão disposto quanto a nossa mente consciente, lidando com ele de maneira inteligente, isto é, descontraída, sem pressão e julgamento.
Palestra: 159q