É uma verdade transmitida de modo aceitável e compreensível para o ser humano. É semelhante a um símbolo, sua linguagem é pictórica como a do mundo espiritual, como a que contatamos nos sonhos.

A diferença entre um símbolo e um mito é que podemos ter um símbolo para qualquer coisa, algo importante ou não importante. Nos sonhos, temos nossos símbolos pessoais, nossas pequenas idiossincrasias pessoais.

Um mito, por outro lado, trata da verdade geral e universal. É apresentado de maneira concisa e pictórica para torná-lo aceitável e compreensível, facilitando nosso entendimento. O princípio do símbolo e do mito é o mesmo. Para a maioria, no entanto, o verdadeiro significado do mito passa despercebido e se torna invenção, fantasia, imaginação, conto de fadas, mentira.

A influência do mito na personalidade depende de sua assimilação, da impressionabilidade da alma, do material, da interpretação, sobretudo para a criança que depende da atmosfera que o adulto emana, pois seus sentimentos têm sobre ela um poder maior do que a palavra. Mesmo quando a interpretação é errada, se a substância da alma for saudável, ela não reage. Quando a alma está atribulada, e há influxos verdadeiros e interpretação verdadeira, a alma tem oportunidade de assimilar essas influências proveitosas. Se haverá ou não assimilação, vai depender da pessoa.