São aqueles que sentem forte reação contra Jesus Cristo, contra a educação que receberam e os valores defendidos por seus pais.

Cristãos rebeldes contestam a identificação de Cristo com uma moralidade rígida e negação dos sentimentos, da sexualidade, da autonomia, da forte energia que gera agressão positiva e autoafirmação. Contestam Cristo como figura mansa, passiva, assexuada, que exige o mesmo tipo de autonegação distorcida de todos aqueles que quiserem seguir Seus passos.

Assim, surge uma combinação muito confusa de percepção, entendimento e consciência. Por um lado, Cristo é descrito como amor, verdade, sabedoria, salvação, bondade e serviço ao Criador e Seu plano. Por outro lado, essa descrição é complementada pela negação, que aniquila a pessoa dos valores, energias e expressões humanas intrínsecas. Quanto mais forte a confusão interior sobre o que é verdadeiro e o que é falso nas tradições herdadas dos pais, tanto mais forte o medo de descobrir que “se estava errado” com a conclusão evidente de que “se é mau”. Consequentemente, mais fortes serão a ameaça e a revolta, que parecem ecoar as advertências dos pais.

A contestação dos cristãos rebeldes é feita de forma aberta, consciente e acarreta a necessidade de reforçar a rebeldia, já que no fundo eles têm algumas dúvidas sobre a justificativa dessa atitude. A imagem pessoal do cristão rebelde tem por trás dela a do cristão submisso e vice-versa.