Dependência emocional
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Veja: Autotraição, Comunicação, Desespero, Necessidades insatisfeitas, Sublimação

É a distorção do núcleo da comunicação.

Quando saudável, o adulto dá sua própria permissão para estabelecer e utilizar a fonte de todo o prazer que está dentro de si mesmo. Por meio de sua própria permissão, ele terá a força e a segurança para estabelecer um contato significativo. Quando parte de seu desenvolvimento está impedida, ele espera que outra pessoa (um substituto dos pais) torne possível a concretização dessa fonte profunda de seus próprios ricos sentimentos. Na distorção dos fatos, ele espera por satisfação vinda da fonte errada. Isso mantém a necessidade eternamente insatisfeita.

Quanto mais insatisfeito é o adulto, mais premente a necessidade se torna. Quanto mais premente a necessidade, maior é sua dependência. Ele se torna desesperado, porque quanto mais tenta, menos a necessidade é satisfeita, como deve ser nessa tentativa fora da realidade. Conscientemente, ele não sabe nada disso, e seu desespero vem do fato de que, na urgência de ter sua necessidade satisfeita, ele se trai, trai sua verdade, trai o que tem de melhor.

Tanto sua luta frustrada como sua autotraição criam uma corrente compulsória que pode se manifestar de maneira bem sutil. Ela pode não ser em absoluto patente, mas as emoções estão todas represadas dentro dela, e isso inevitavelmente deve afetar os outros, e deve ter suas consequências legítimas e apropriadas.

O fato de que sua necessidade não é satisfeita pelo outro também enfraquece a convicção do adulto de que ele tem direito ao prazer que tanto deseja. Ele suspeita vagamente de que pode estar errado ao querer isso. Assim, começa a deslocar a necessidade e o desejo originais, naturais. Ele os conduz para outros canais, nos quais são “sublimados”.

De maneira mais ou menos compulsiva, outras necessidades se criam. Durante todo esse tempo, ele está dividido entre a força da necessidade original, profundamente escondida, e a dúvida de que tenha direito a ela. Quanto mais dúvidas, mais dependente ele se torna da confirmação de uma pessoa com autoridade – um substituto dos pais, a opinião pública, certos grupos de pessoas que representam a última palavra da verdade.

O trabalho de autoconhecimento traz uma liberdade interna e uma interdependência saudáveis. A tendência a depender demais da opinião dos outros é sinal de que precisamos provar algo a eles. E a revolta contra essa prisão se volta para o extremo oposto. A desafiadora atitude de “eu não ligo” revela que precisamos provar algo a nós mesmos. Os dois extremos são o resultado da necessidade de provar alguma coisa.

Quando não tivermos mais necessidade de provar, o justo meio termo será natural, pois respeitaremos as leis naturais que existem na vida e em nós mesmos tomando a plena responsabilidade por tal decisão, ao contrário de obedecer aos valores transmitidos, aos padrões impostos de fora, aos costumes de qualquer sociedade ou cultura.

Palestras: 054q, 057q, 080q, 088q, 150, 157

054: PERGUNTAS E RESPOSTAS
057: A IMAGEM COLETIVA DA AUTO-IMPORTÂNCIA
080: COOPERAÇÃO, COMUNICAÇÃO, UNIÃO
088: RELIGIÃO: VERDADE E FALSIDADE
150: GOSTAR DE SI MESMO, CONDIÇÃO PARA O ESTADO UNIVERSAL DE BEM AVENTURANÇA.
157: INFINITAS POSSIBILIDADES DE EXPERIÊNCIAS PREJUDICADAS PELA DEPENDÊNCIA EMOCIONAL

ABC

Sentença do Guia “A jornada para a crença positiva, a fé nas possibilidades de desdobramentos positivos exige um período de crescimento, um período de amadurecimento. Essa necessidade existe simplesmente porque seus processos mentais estão tão acostumados a acreditar no negativo que precisam ser reajustados.” P.236