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Veja: Ego não-saudável, Ego saudável, Vontade
É o desejo da liberação do pensamento volitivo.
Quando o homem usa as faculdades volitivas de maneira errada, a psique fica em desordem. Se ele exagera no exercício da vontade e procura dirigi-la para outras áreas que não podem ser controladas diretamente, mas apenas indiretamente, ele desperdiça energia e se debilita. O homem fica perdido ao utilizar a abordagem errada, exercendo sua vontade de maneira errada, e deixando de fazê-lo quando isso seria desejável.
Quando a vontade não é suficientemente usada, o ego vai se enfraquecendo. Quando a vontade é exageradamente usada, o ego fica forte e rígido demais. Se o ego é demasiadamente usado, ele fica tão esgotado, que muitas vezes o resultado é o desejo de fugir de si mesmo, de soltar o ego, por motivos fracos. Nesse caso, renunciar ao ego é uma fuga que pode se tornar perigosa. Essa renúncia só pode ocorrer de maneira adequada quando o ego é saudável, equilibrado, e não impregnado de falsos conceitos, falsos medos, atitudes destrutivas. Somente então essa renúncia ao excesso de controle direto se torna possível e, na verdade, desejável.
O profundo anseio que o homem tem pela felicidade e pela harmonia decorrente de dispensar as faculdades do ego vem do fato de que, bem no fundo, ele sabe que toda grande experiência humana é resultado de abandonar até certo ponto as faculdades do ego, renunciar ao controle rígido. Somente o ego forte, saudável e robusto pode renunciar a si mesmo e integrar-se ao eu maior. Quanto mais confiança existir, tanto menos problemático será renunciar ao pequeno eu exterior e deixá-lo fluir e integrar-se ao eu interior e superior com todas as suas forças e recursos.
Palestra: 142