A vontade é a capacidade de querer que a consciência possui. Se queremos com consciência ou se estamos desconectados do fato de querermos algo, não faz diferença. Querer é um processo permanente, assim como conhecer e sentir.

É uma qualidade de organização interna, que vem do entendimento do que está em jogo e, por isso mesmo, de tomar as decisões interiores corretas e respeitá-las.

Quando mobilizada no sentido de fazer a vontade divina, ela nos deixa com a combinação adequada de atividade e passividade, iniciativa e desprendimento. Nesse sentido, ela provém do Eu Superior.

Existem pessoas que tem a vontade como característica dominante na sua personalidade. Esse tipo de personalidade fica fora de foco de uma forma que pode tornar-se perigosa caso essa tendência não seja reconhecida a tempo, pois ela ignora o seu funcionamento ideal que é servir igualmente ao processo racional do homem e às suas faculdades emocionais e intuitivas.

Onde existe consciência, sempre existirão conhecimento, sentimento e vontade. Muitas vezes correntes de vontade contraditórias criam um curto circuito na superfície, que se manifesta como falta de consciência, entorpecimento. A consciência diminui na superfície, mas continua a existir debaixo dela e seus produtos se manifestam como experiência concreta de vida.

Para trabalhar no nível da vontade, é preciso compreender que há uma vontade externa ou voluntária e uma vontade interna ou involuntária. Enquanto houver na psique distorções, conceitos incorretos, aspectos negativos, o poder da vontade estará em desequilíbrio. Onde deveria ser ativo, frequentemente estará paralisado. Onde deveria ser receptivo e passivo, estará firme, pressionando e atuante.

Restituímos o equilíbrio à medida que prossegue a purificação e esse restabelecimento não é algo que possa ser feito pela vontade externa. Esta precisa diminuir a pressão para que a vontade interna possa surgir e desabrochar, oferecendo resultados palpáveis de realização.

Vários aspectos da vontade são trabalhados nas palestras: sua relação com a consciência (175); com o amor (240); com as necessidades reais (103); com o self real (104); com a vontade de Deus (009, 028, 029); com a razão e a emoção (155); com a benção (109q); em sua dinâmica, no sentido da ajuda ou bloqueio da espiritualidade (104); nos processos de decisão em que se usa o livre arbítrio (052q); aspectos do controle da vontade externa e interna (134); perigo de tornar a vontade obstinada (047); aspectos destrutivos da vontade (103); vontade, livre-arbítrio e tomada de decisão (054q); vontades externa e interna (018, 029q, 047, 064q, 193); vontade e força de vida (126); centro da vida e vontade (172); vontade, amor e relacionamento (103); vontade do Eu Inferior (222); construindo o poder da vontade (003); o uso correto da força de vontade (016); o poder da vontade (018).