É uma corrente de dor autoinfligida pela tendência à autorrejeição. A autorrejeição pode, em algumas estruturas de personalidade, criar um processo mais ativo de masoquismo.

A autorrejeição em si mesma é um masoquismo. Mas essa é uma questão de grau. O sentimento de falta de valor de uma pessoa é maior que as forças de cura correspondentes, já que o único prazer que a pessoa encontra em viver vem da dor.

O masoquismo pode não se manifestar fisicamente. Quando ocorre a manifestação física está em um estágio muito avançado. A única certeza que a pessoa tem é a da dor através da rejeição. Então, a pessoa se atém a ela, não quer desistir dela. O prazer saudável parece completamente inatingível. Em outras palavras, o masoquismo é uma desistência. É uma resignação com o pior, com a qual a pessoa tenta conviver.

O masoquismo ocorre quando o ego é muito fraco. É como se o mundo negasse ao masoquista o direito à individualidade, e ela desistisse, concordando com o mundo, e tirando prazer da dor, mas de maneira distorcida, que é a sua derrota e a de sua vida.