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Veja: Crueldade, Hipocrisia, Perfeccionismo, Trapaça, ódio
É a violação de si mesmo pela teatralização ou fingimento, ou pela adesão a padrões de perfeição ilusórios. Esses são os dois motivos fundamentais da autorrejeição.
Toda autorrejeição enquadra-se necessariamente em uma dessas categorias, ou numa combinação delas. Os fingimentos são piores que as violações primárias, porque negam e falsificam. Tornam-se, assim, uma violação dupla, que inevitavelmente resulta no mais doloroso de todos os estados mentais e emocionais – estar entre a cruz e a caldeirinha, de onde parece não existir saída até essa dupla violação ser descoberta e abandonada.
De outro lado, os ideais perfeccionistas são extremamente exigentes, rígidos, rigorosos. A obediência a eles não deriva de excesso de moralidade, mas implica uma violação das leis universais reais, pois o motivo é sempre o orgulho, a vaidade, a necessidade de controlar os outros, o fingimento, viver para manter as aparências e causar uma determinada impressão e, finalmente, não menos importante, o medo de defender as próprias ideias, sentimentos e opiniões.
Quando os filhos têm uma sensação real ou imaginária de terem sido rejeitados pelos pais podem criar um padrão de autorrejeição, que será dissolvido quando desconstruirem a imagem que criaram dos seus progenitores.
Em resumo: a autorrejeição evidencia que o eu não é vivido com autenticidade, pois a pessoa nessas condições é ávida por admiração e aprovação dos outros. A fonte do sentimento de autorrejeição é a hipocrisia que cultiva em segredo crueldade e ódio, ambos encobertos por uma fachada que indica o oposto.
Palestras: 008, 099q, 170, 174