É resultado de uma racionalização consciente, ou esquema de autoengano, do desejo de trapacear com a vida querendo obter mais do que dar.

É um jogo oculto de teatralização e fingimento com os outros e consigo mesmo.

Se a pessoa admite para si mesma, com coragem e honestidade, o que se passa em seu íntimo, e encara os fatos como são, a violação é superada em medida considerável, pois, ao aceitar a verdade sobre si mesma, ela entra num clima geral de verdade.

Enquanto ela luta e procura entender a si mesma mais e melhor, precisa meditar para obter orientação e ajuda, para que os sentimentos mudem espontaneamente. A pessoa que age assim está de acordo com as leis universais. Ela aceita seu estado atual e cria condições interiores compatíveis com o contentamento. Se ela é honesta a ponto de dizer “não consigo evitar esse sentimento, embora saiba que não gosto dele e que ele é destrutivo”, nesse momento, além de ser verdadeira, dá espaço para a mudança.