É a capacidade de exercer certa dose de disciplina, firmeza e força, de não sucumbir à tentação de ceder à negatividade.

Governo individual é uma expressão que pode ser aplicada a todas as áreas da vida. Implica qualidades de disciplina e liderança que devem ser assumidas enquanto expressão de um processo integrado ao próprio ser.

O governante fraco que não deseja ser “incomodado” e dispensa a disciplina necessária e saudável erra tanto e causa tantos prejuízos quanto aquele que é demasiadamente severo, duro, imune aos sentimentos do coração, à compaixão, aquele que jamais atenua seu domínio.

Os passos do autogoverno na evolução humana não são necessariamente sucessivos. Podem ser simultâneos. Eles são os seguintes:

(1)desenvolvimento da manifestação da negatividade;

(2)contenção da negatividade que leva à sua repressão;

(3)tomada de consciência da negatividade reprimida e decisão de não mais manifestá-la;

(4)estabelecimento da relação entre a negatividade tornada consciente e a infelicidade que se sente;

(5)afirmação da verdadeira intenção de dar com confiança e saber que dar é receber.

Um dos obstáculos para alcançar o último ponto dessa evolução é uma tendência da natureza humana em funcionar no déficit, tendência intrinsecamente conectada com a crença num universo pobre e avarento.

O problema é que trabalhar com o déficit pode ser convincente e dar resultados por certo tempo reforçando as formas falsas de dar. Todas as crises pessoais não são senão a falência exposta, sobretudo a de não acreditar na ordem e na abundância, nem estar disposto a dar.

O que vale para o governo individual vale como exemplo para o governo coletivo e o governo mundial.