É uma imagem de massa criada pela consciência humana, de origem muito antiga, tão profundamente arraigada na nossa psique, que ainda precisa ser erradicada.

Essa imagem de massa diz que a mudança deve ser temida. Ela cria uma condição na psique humana semelhante a uma restrição física que impede a expansão natural do organismo humano. O espaço fornecido pela imagem é tão escasso que esse movimento expansionista natural não pode ocorrer.

A crença que essa imagem de massa perpetua é de que apenas a situação imutável é segura. Essa imagem é extremamente forte e carregada de significado e efeito tão profundos, que se torna, de fato, responsável pela criação da morte.

Vemos a morte, uma aparição desconhecida, um fenômeno desconhecido, e concluímos que nosso medo da mudança resulta desse fenômeno desconhecido.

Na realidade, o medo que temos da morte é efeito da crença de que a mudança leva ao desconhecido e, portanto, deve ser temida. O desconhecido é visto exclusivamente como algo negativo e temível. Ao acreditar que a mudança é temível, atrofiamos a musculatura espiritual e psíquica do nosso organismo e nos travamos num estado de não movimento e não expansão, no qual dificilmente respiramos, para não permitir que ocorra uma mudança. E esta é literalmente a condição humana que apenas varia um pouco em graus.