Indulgência
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Veja: Autodisciplina, Autorrespeito, Autovalor, ódio

É uma tolerância que não colabora para o crescimento pessoal ou o processo educativo.

Quando amarmos a nós mesmos, sem ceder ao Eu Inferior e suas exigências infantis, vamos descobrir que sermos firmes com nós mesmos é uma expressão do amor no qual a autodisciplina, a rigorosa honestidade com o eu, a firmeza com o desejo de manifestação do Eu Inferior vão dar origem ao autorrespeito e a uma profunda valorização de si mesmo.

A distorção desse equilíbrio ocorre quando a leniência com o eu existe à custa dos outros e de um lancinante ódio por si mesmo. Essa distorção não é consciente e precisa ser percebida por meio de suas manifestações indiretas.

Ainda com relação ao sistema de valores relativo ao tratamento dado às crianças, observamos uma transição da severidade e restrição para a permissividade e a falta de disciplina. Isso não significa que a hostilidade reprimida dos pais não seja comunicada aos filhos. Mas ao mesmo tempo, esses novos fatores fazem com que os pais se sintam duplamente culpados.

O resultado é que a indulgência e a permissividade são manifestadas aparentemente para anular a hostilidade e, assim, ficar de acordo com as regras. Exteriormente, isso pode ter a aparência de amor. Certamente, também pode existir amor verdadeiro. Mas na medida em que ele é diluído pela culpa decorrente da hostilidade não reconhecida, bem como pela culpa por não estar de acordo com os valores atuais, a leniência e a permissividade agradáveis geram muitas situações problemáticas na psique da criança, da mesma forma que as mágoas e frustrações.

Palestras: 117, 240

117: VERGONHA COMO BENGALA PARA PROBLEMAS NÃO-RESOLVIDOS; CIRCUNSTÂNCIAS APARENTEMENTE FAVORÁVEIS DA INFÂNCIA TÃO OBSTRUTIVAS QUANTO DOLOROSAS.
240: ALGUNS ASPECTOS NA ANATOMIA DO AMOR

ABC

Sentença do Guia “Toda a dor e a frustração por que passa o ser humano comum no decorrer da vida é resultado exclusivo do fato de ele não conhecer sua verdadeira identidade.” P. 163