É o processo de ação e reação dentro da psique que nos leva à compulsão de recriar as feridas da infância.

Em nosso subconsciente acontecem as seguintes reações: como a criança em nós não libera o passado, não consegue entrar em diálogo com ele, não consegue perdoar, compreender e aceitar, esta mesma criança sempre cria condições semelhantes, tentando vencer - no final - a fim de resolver a situação em vez de sucumbir a ela.

O nosso subconsciente vive e mantém, portanto, a tragédia da falta de amor, reencenando o mesmo enredo na esperança de que a resposta seja diferente, mas isso não acontece.

As criações da nossa mente subconsciente são potentes. Se aprendermos como olhar para nossos problemas e não realizações a partir desse ponto de vista e a seguir o processo normal de permitir que nossas emoções venham à tona, ganharemos maiores insights. Mas será necessário reexperimentar a falta, a dor e o choro da criança que fomos, mesmo que tenhamos sido crianças felizes, pois essa felicidade pode ter sido válida e sem autodecepção, já que é possível ser ao mesmo tempo feliz e infeliz.

O fato é que nosso subconsciente afeta o subconsciente de outra pessoa, e vice-versa. Passamos a vida nos ressentindo do outro que não responde às nossas ações externas, mas não temos conhecimento de que nossas ações também são internas e percebidas pelos outros em algum nível.

Apesar das ações externas corretas, deixamos de fora nossas motivações inconscientes e sentimentos ocultos, depois nos lamentamos. Assumir a responsabilidade pelas próprias motivações e sentimentos nos ajuda a sair da armadilha criada por nós mesmos, em que assumimos o papel de vítimas.