Autoaperfeiçoamento
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Veja: Abordagem psicoespiritual, Coragem, Humildade, Padrões destrutivos

É um processo de melhoria gradativa e duradoura. Trata-se de uma experiência que influencia ações e atitudes através de nossos esforços na direção certa, o que exige coragem e humildade. A mudança real é um processo muito gradual que passa quase despercebido. A rápida mudança em nossas personalidades raramente é confiável. Por outro lado, nos aceitarmos como somos pode significar grande melhora.

Neste caminho nós nos aperfeiçoamos, quando identificamos nossos padrões destrutivos, descobrimos a razão por que os adotamos, buscamos compreendê-los, reconhecemos a ineficácia da nossa defesa, para enfim tomar a efetiva decisão de mudar. A consequência é a aceitação madura dos resultados desta defesa destrutiva, até que a psique esteja pronta para eliminá-la. Esta é uma condição preliminar necessária que não pode ser aligeirada. Sem ela, a maturidade é impossível. Dessa forma, passamos naturalmente a crescer fora dos padrões destrutivos.

Interromper os padrões sem um entendimento necessário cria ansiedade e nos leva a produzir outros. Promessas endereçadas a nós mesmos não surtem efeito, criando mais resistência e, em decorrência, criando raiva e desencorajamento. Ou então, dependendo da intensidade do nosso conflito, podemos reprimir a consciência da repetição e mantê-la num nível muito sutil, talvez de uma forma um pouco diferente.

O que precisamos é de uma disciplina em admoestar-nos, observando não só a repetição de um padrão, mas suas variações. O desdobramento dessa disciplina em nossa natureza inteira complementa o trabalho. Só esta combinação pode produzir o crescimento, que não pode ser acelerado. A pressa nesse caminho indica a presença de uma forte autoimagem idealizada, de que “devemos nos aperfeiçoar já”, o que revela uma atitude infantil de não aceitar a vida como ela realmente é. E a vida é imperfeita.

Um sinal de maturidade é poder derivar a felicidade da imperfeição, desistindo do desejo de ser especial. Assim as frustrações e infelicidades não serão um desastre e vamos nos dar a nós mesmos mais tempo para crescer. Se a compulsão para ser feliz e perfeito é eliminada, seremos mais felizes e perfeitos do que éramos antes.

É preciso, portanto, abordar o nosso progresso com o tipo certo de disciplina, não tentando a ação perfeita, mas enfrentando o que está diante dos nossos olhos, e que é difícil de ver. Ao invés de esperar insights profundos e de impacto, precisamos dirigir nossa atenção para as pequenas coisas comuns que revelam tanto sobre nossos problemas, se realmente quisermos vê-los.

Palestra: 091q

091: PERGUNTAS E RESPOSTAS

ABC

Sentença do Guia “Aquilo que eu já sou, seja o que for, eu quero dedicar à vida. Eu deliberadamente quero que a vida faça uso do melhor daquilo que eu tenho e sou.” P. 138