É, em seu sentido geral, a continuação da fé nas verdades e valores eternos.

A verdadeira tradição é, portanto, um contínuo re-experienciar da irrupção original que vem dos mundos interiores ou de outras realidades. Tradição em seu melhor sentido significa adesão a valores eternos ou a certos aspectos desses valores.

Em seu sentido distorcido, significa peso morto. A tradição seguida de modo cego cria na alma humana ortodoxias em religião e política, que impõem um peso à sociedade e uma resistência à mudança, graças ao fato de que se produz o esquecimento de que as verdades então imobilizadas vieram de uma intensa luta da alma para encontrar significado divino e da disponibilidade da personalidade para vencer o medo de mudar.

Sem contínua mudança, verdades vivas imutáveis não podem ser vividas. A verdadeira tradição precisa, portanto, sempre ser acompanhada de mudança. O equilíbrio saudável da alma da terra pode ser alcançado e mantido quando a tradição e a mudança interagem numa dança harmoniosa.

A correta atitude em relação à tradição é examiná-la com inteligência e auto-honestidade quando ela se torna uma questão em nossa vida.

Uma forma de olhar para a tradição neste caminho é observar, quando olhamos para trás, um certo movimento em espiral, que é o movimento das grandes Correntes da Vida. Nessas espirais existem repetições, fases reencontradas em níveis mais profundos, com nova compreensão. Esses aspectos pareciam novos quando nós os alcançamos pela primeira vez, na curva anterior.

A velha verdade, aprendida na curva anterior, ganha novo sentido por causa do material adicional que aprendemos no Pathwork. Logo, o que uma vez foi uma verdade inteiramente nova, uma revelação, mais tarde se torna renovada na repetição (uma velha verdade sob nova luz).

Essa renovação, no entanto, só pôde ocorrer porque outras verdades (novas e velhas) foram descobertas ao longo do caminho. Elas são novas no sentido de serem desconhecidas pelo indivíduo, e velhas no sentido de existirem antes de serem descobertas.