São valores imutáveis em si mesmos, mas mudam constantemente de aplicação.

A eles chegamos quando cada caso, cada incidente, cada questão é testada e investigada, questionada e respondida com sinceridade, com as convicções mais profundas da nossa pessoa.

É preciso examinar tudo a fundo. Somente então, é possível realmente descobrir os atributos divinos, não porque todos dizem que é assim, porque a sociedade concorda, mas porque a pessoa, ela mesma, acha que é assim. Ocorre, nesse caso, exatamente o oposto em relação aos valores temporários.

Os valores eternos muitas vezes desconsideram esses últimos, e muitas vezes parecem ser iguais, embora sua atmosfera seja muito diferente, mesmo que o ato exterior seja semelhante.

Amor, verdade, sabedoria, coragem, o que é bom e construtivo a longo prazo e portanto para todos os envolvidos, são as únicas considerações dos valores eternos. Descobrir essas considerações não é a mesma coisa que aceitá-las cegamente.

Os valores eternos podem ser agradáveis e ir contra o sistema de valores temporários. Podem também ser desagradáveis no momento e caminhar junto com o sistema de valores temporários. No entanto, se o homem age corretamente, mas com o intuito de obedecer os valores temporários desconhecendo os eternos, ele não estará em paz consigo mesmo.

Em qualquer escolha e decisão pessoal, em questões importantes e sem importância, nos atos, na direção emocional e nas atitudes, o homem depende do fato de sua decisão derivar ou não de um ou do outro sistema de valores. Não existe fórmula.

Atingir a identidade própria significa não alegar, e sim examinar, sentir e viver “é assim que as coisas são.”