Trauma (da infância)
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Veja: Criança, Ferida, Lei da Autorresponsabilidade, Padrões destrutivos

É o processo pelo qual passa a criança na mais tenra infância, seja por algum evento contundente que tenha vivido ou por situações que se repetiram e que a afetaram.

A criança sofre devido às imperfeições do amor de seus pais e por não ter sua individualidade plenamente aceita, isto é, ela é tratada como criança, e não como pessoa única. O sofrimento pode deixar tantas cicatrizes como a ausência de amor ou de atenção. Provoca tantas frustrações quanto a falta de amor, ou até a crueldade.

Esse ambiente geral durante a fase de crescimento afeta as crianças como um pequeno choque constante, que muitas vezes deixa mais marcas do que um choque efetivamente traumático. É por isso que com frequência é mais fácil curar o segundo do que o primeiro.

As crianças, querendo o amor exclusivo dos pais, o que é impossível, continuam carentes de amor ao longo da vida a menos que essa falta e mágoa sejam reconhecidas e adequadamente manejadas.

Realmente é forte o elo entre os desejos e não realizações das crianças e os problemas e dificuldades atuais dos adultos. É essencial a completa consciência disto. Mesmo nos casos isolados e excepcionais, onde um dos pais oferece um grau suficiente de amor maduro, o trauma ocorre.

Como o amor maduro, neste planeta, está presente somente num determinado grau, a criança sofrerá de falta, mesmo que tenha pais amorosos e como adulto passará a vida inconscientemente chorando por aquilo que perdeu na infância. Isso o tornará incapaz de amar amadurecidamente. Esse trauma da infância se reproduz de geração em geração.

No entanto, este trauma apenas indiretamente produz carência, infelicidade, frustração, negatividade, sentimentos e padrões de comportamento destrutivos - enfim, neurose. Ele não é, por si mesmo, responsável por tudo isso. A alma sadia também experimenta as infelicidades do começo da vida com dor e angústia, mas vai se livrar dos efeitos sem formar forças profundas impregnadas de padrões negativos. À luz dessa verdade, as concepções errôneas de cada um criam esses padrões.

O ressentimento contra os pais viola a Lei da Responsabilidade Pessoal, uma vez que eles não são, em última análise, responsáveis pelas concepções errôneas dos filhos. E vice-versa.

A culpa excessiva dos pais é também baseada numa concepção errônea. Contudo, cada um dos pais é responsável pelas próprias distorções, que podem afetar a criança. O interesse exclusivo na experiência da infância pode apenas, na melhor das hipóteses, dar uma compreensão parcial; não pode produzir mudanças vitais significativas.

As mudanças só são possíveis quando a personalidade entende profundamente os seus padrões destrutivos e os desafia.

Palestras: 073, 100, 171

073: COMPULSÃO PARA RECRIAR E SUPERAR AS FERIDAS DA INFÂNCIA
100: ENFRENTANDO A DOR DOS PADRÕES DESTRUTIVOS
171: LEIS ESPIRITUAIS

ABC

Sentença do Guia “A fé é compreensão superior, a fé é saber e este saber é graça. É preciso fazer juz à graça. Isto acontece quando a boa vontade da pessoa se torna manifesta e conquista as correntes transversais inconscientes que tentam negar a verdade.” P. 012