Significa “de volta a Deus”, e todos desejam isso, sabendo ou não.

Na verdade, todo esse desejo insatisfeito no homem não passa do desejo de retornar a Deus, portanto “religião”. Quanto mais o homem tem consciência desse desejo, mais pacífica e harmoniosamente se movem as correntes de sua alma.

É claro que alguns podem achar esse caminho de volta a Deus entrando para uma seita, o que em casos particulares é valido se as instruções aí recebidas ativam a força da alma e abrem a porta para o autoconhecimento.

Toda religião, como foi fundada, continha a verdade, mas quando começou a se espalhar, a verdade minguou, e passou a prevalecer a letra, e não o espírito da religião. A falsa religião tem como um dos seus grandes princípios a obediência à autoridade.

A verdadeira religião é um processo voluntário, um ato livre, autodeterminado, decorrente do entendimento. Ela faz a pessoa agir com base em sua plena convicção e não por causa do medo ou do desejo de agradar e aplacar uma pessoa, ser ou não autoridade mais poderosa.

Uma parte da nossa tarefa de autoconhecimento está em averiguar se no fundo da nossa alma existe uma falsa religião, da qual emprestamos preceitos religiosos que servem de esconderijo e desculpa para tendências infantis de recusa em crescer.

Vários aspectos da religião são tratados nas palestras: a colaboração (ou não) entre igrejas (080q); o Gnosticismo e a Igreja Católica (074q); relação da religião com a obediência (088); com a falsidade e a verdade (088); as religiões do oriente (014 e 023).