São funções emocionais básicas do ser humano.

Em teoria todos sabem que os seres humanos têm necessidades, físicas ou não, mas não percebem qualquer necessidade emocional específica. O primeiro contato que fazemos quando nos perguntamos sobre nossas reações emocionais é com as necessidades falsas. Retiradas as camadas de falsidade, encontramos as necessidades emocionais reais de receber e dar.

Basicamente, lutamos de modo cego e frequente contra quatro direções internas:

a)a falta de percepção das necessidades reais e específicas;

b)a extensão e urgência dessas necessidades;

c)a frequente falta de percepção de quem se supõe que irá satisfazer as necessidades e de que forma, já que todos os desejos originais foram substituídos;

d)a extensão da capacidade ou incapacidade, a vontade ou falta de vontade da outra pessoa em satisfazer completamente nossas necessidades.

A falta de clareza destes quatro pontos cria atritos, incompreensões, mágoas, rejeições reais ou imaginadas em nossos relacionamentos.

Contudo, saber da sua existência nos ajuda a avaliar nossa interação. Mesmo que a intensidade de nossas necessidades não seja automaticamente diminuída, elas se tornarão suportáveis. Vamos então dispensar a ilusão e a vontade ilusória, encarar a verdade de frente e aceitar o que é, não importa o quão imperfeito ou o quão distante seja do que desejamos no momento.

As necessidades cegas emitem exigências cegas e inconscientes que frequentemente são impossíveis de satisfazer. No momento em que estamos cientes de nossas necessidades reais podemos visualizar o fato de que alguém mais pode não ser adequado para satisfazê-las e seremos capazes de renunciar às nossas exigências. Não substituir mais nossas necessidades nos dá maturidade suficiente para tolerar a frustração se for necessário. Esta disciplina da autopercepção e da autorresponsabilidade de enfrentar a verdadeira situação colabora para nosso crescimento e amplia nosso respeito e amor próprio, criando um senso de segurança em nós mesmos.