É a repressão dos nossos mais criativos e construtivos aspectos, aqueles que nos levariam ao crescimento pessoal condizente com a própria personalidade. De maneira frequente desestimulamos o que há de melhor em nós mesmos, não apenas devido às motivações errôneas, mas também porque isto é, ou parece ser, desestimulado pelo ambiente. Uma repressão geral, que pode ser encontrada em todas as almas, é a repressão do desenvolvimento espiritual.

A interação entre a repressão dos aspectos positivos e a dos negativos é quase sempre muito forte. Nossa dependência da opinião e aprovação públicas, portanto, não apenas se refere aos nossos defeitos, nosso egoísmo e a nossa destrutividade, que nos levam a formar imagens em nossas mentes inconscientes, mas também concorre para nos privarmos da melhor parte da nossa natureza. A expressão da nossa própria natureza divina não pode ser encaixada em regras padronizadas, regulamentos e dogmas, não importando quão éticos possam ser. Eles podem somente mostrar a conduta externa correta e nunca a conduta interna correta.

Ao ignorar o chamado interno, impedimos o crescimento máximo da nossa personalidade. A falta de consciência em relação ao ponto para o qual o nosso self mais profundo quer conduzir-nos e ao motivo por que o nosso self exterior não escuta essa voz causa tantos distúrbios de personalidade quanto a repressão dos aspectos negativos.

Para reconhecer esse mecanismo podemos usar três abordagens que se interagem: o processo de encontrar e dissolver imagens, conclusões errôneas e desvios; o processo de encontrar nossas forças criativas reprimidas, procedimentos e atividades, e revelar sua natureza da forma como ela estava destinada a funcionar em determinados aspectos e, finalmente, compreender e aprender gradualmente a controlar o processo de pensamento.

Vários aspectos da repressão são tratados nas palestras: repressão do Eu Inferior (116); repressão das necessidades e imagens (092 e 093); repressão dos aspectos negativos e positivos (068); repressão do desenvolvimento espiritual (068); repressão do desejo de ser amado (069).