É resultado do processo de genuína aceitação do que se é, permitindo a restituição do contato com a culpa real, e sua reparação.

A eliminação de defesas desnecessárias e o enfrentamento do Eu Inferior contribuem para a saúde em todas as dimensões: do ponto de vista físico, permite a interrupção do lançamento de venenos que contaminam o corpo, o que traz alívio imediato; do ponto de vista da alma, restitui a flexibilidade adequada à sua substância altamente impressionável. Quando esse processo não evolui, essa substância fica demasiado maleável oferecendo base para reações automáticas. Como isso é doloroso e como o efeito é inevitavelmente prejudicial, a psique busca, consciente ou inconscientemente, um remédio que é mais destrutivo do que o mal original, como é o caso, por exemplo, das pseudossoluções.

O falso remédio nesse caso é uma parede artificial, protetora, que provoca dois tipos de rigidez. Um deles serve para impedir o constante impacto da dor, o outro é provocado pelo fato da alma ser incapaz de assimilar a experiência. Em vez disso, fixa-se nela. Quando os entalhes da alma são tão profundos que a pessoa não consegue superá-los, o resultado é que a absorção com a experiência deixa de fora importantes fatores da realidade.

Restituir a saúde significa também passar pela dor da regeneração que afastamos de um modo apavorado e ampliar a unilateralidade das percepções fixas, dando-lhes movimento e enriquecendo-as com novos pontos de vista e consequente acesso a outros pensamentos e emoções.

Vários aspectos da saúde são tratados nas palestras: significado da saúde (101q); restituição da saúde emocional e espiritual através do contato com a culpa real (109); substância da alma saudável e doentia (111).