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É o gesto de retirar a vida, grave violação da lei divina, para fugir das dificuldades que a própria pessoa criou, seja em vidas anteriores ou na vida atual.
Há circunstâncias atenuantes, por exemplo, se a pessoa está muito doente e sofre dores atrozes, não tendo mais, portanto, capacidade de pensar, o que não significa que aquilo de que fugiu não precise ser vivido até o fim.
A única exceção é a pessoa obcecada. A obsessão é um carma. Em muitos casos, nas etapas iniciais, a obsessão pode ser combatida até certo ponto. Mas se a pessoa não reunir toda a sua força e concentração, será preciso arcar com esse carma.
Quando existe obsessão, o espírito se afasta do corpo e outro espírito impuro dele toma posse. Nesse caso, o ato do suicídio é atribuído ao espírito que tomou posse, e não ao espírito que, naquele momento, estava impotente e assistia tudo com muita angústia, sem ter condições de fazer nada. É um sofrimento pelo qual ambos têm que passar.
De qualquer modo, os suicidas precisam passar por esse ato pela duração que teria sua vida natural, de acordo com o plano, exceto se essa alma for capaz de voltar-se para Deus, repensar suas crenças e comportamentos, assumindo uma atitude diferente, e dispondo-se a arcar com os problemas que evitou.
Se isso acontecer, o procedimento antes, durante e depois do suicídio, período extremamente doloroso, terminará, e a alma em questão será guiada para uma esfera em que terá a oportunidade de enfrentar os problemas que evitou e que poderão ser resolvidos, embora de maneira mais difícil do que seria possível, se nada disso tivesse ocorrido.
Um dos principais fatores da motivação para o suicídio é a vergonha, que nada mais é do que uma forma de orgulho, além da falta de vontade para arcar com as consequências e a dor da vida.
O suicídio provoca um enorme choque em todo o sistema nervoso do ser. Esse choque é tão grande, que naquele momento são esquecidas coisas que seriam naturalmente do conhecimento da pessoa fora do estado de choque. Há casos em que a graça de Deus pode atuar. Talvez um mérito anterior da alma em outra encarnação possa ser usado em situações especiais para liberá-la um pouco mais cedo do que seria possível de acordo com a lei, mas isto jamais significa que ela não tenha que enfrentar e vivenciar até o fim exatamente tudo o que procurou evitar.
Palestra: 033