Orgulho (ou soberba)
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Veja: Autopiedade, Desejo de flutuar, Eu Inferior, Perfeccionismo, Vergonha

É a atitude de considerar o nosso ego mais importante que o de uma outra pessoa, não apenas no sentido que se aplica à vontade do ego, que deseja certas vantagens de qualquer maneira, mas também no sentido da vaidade.

Se sentimos que a humilhação de outra pessoa é menos importante que a nossa própria ainda temos muito orgulho. Ainda estamos em constante medo de que a gratificação do nosso orgulho não nos seja dada pelos outros. Quando o homem, inconscientemente, tem medo de descobrir em seu íntimo a causa de sua infelicidade, está impedido pelo seu orgulho de descobrir a causa interior.

O orgulho nos torna perfeccionistas, o que proíbe o crescimento ao invés de encorajá-lo, mantendo a ambição de querer ser perfeito (e também a vontade do eu e o medo de ser imperfeito). Como uma parte nossa sabe que não somos perfeitos, fingimos.

No entanto, para nos respeitarmos não precisamos ser perfeitos. Basta ter uma atitude realista com relação às imperfeições e adotar uma atitude construtiva com relação a elas. Quando mais se firmar o respeito próprio, menos teremos necessidade do respeito dos outros, pois nos sentiremos seguros interiormente.

Há orgulho também quando alguém mergulha no desejo de flutuar, isto é, de nada fazer ou encarar, justamente pelo medo de se expor ao fracasso e de ser inadequado. Há orgulho quando existe uma barreira aplicada entre o eu e a perda do eu no amor com um parceiro. Para evitar a humilhante verdade de que o pequeno eu não é todo poderoso, o homem se apega a ele, por orgulho e vontade do eu, criando assim ondas cada vez mais violentas de medo. Quando nos afundamos na autopiedade, mais sentimos o tipo errado de vergonha e mais nos afundamos no orgulho.

O orgulho, a vontade do eu e o medo são formas de negação, sendo, portanto, mais perigosos do que o mal que negam porque eles tornam praticamente impossível encarar o mal em nós. O orgulho diz que “não quer ter esses traços feios”, e por incrível que pareça, chegamos a ter orgulho de certos defeitos, ao mesmo tempo que nos irritamos quando alguém evidencia o mesmo defeito que tanto nos orgulha.

O orgulho é sempre uma compensação da inferioridade e dos sentimentos de inadequação. Provoca o isolamento e a separatividade. Se existe uma forte vontade do eu, automaticamente coexiste o medo de que essa vontade não seja satisfeita, ou medo de que o orgulho seja ferido. Se não existisse a vontade do eu, não haveria medo de que ela não fosse satisfeita. É preciso perceber dentro de nós a vontade do ego, o orgulho e o medo, bem como o grau em que existem, como interagem e como um é dependente do outro. Só assim vamos aprender a abrir mão do orgulho.

Vários aspectos do orgulho são tratados nas palestras: sua relação com o perfeccionismo (097q); com a rejeição da vida (108); com a vergonha (031); com o livre-arbítrio; como pecado cardeal (102).

097: O PERFECCIONISMO IMPEDE A FELICIDADE; MANIPULAÇÃO DE EMOÇÕES
108: A CULPA FUNDAMENTAL POR NÃO AMAR. OBRIGAÇÕES
031: VERGONHA
102: OS SETE PECADOS CARDEAIS

Palestras: 027, 030, 031, 097q, 102, 108, 123, 160, 184

027: A FUGA É POSSÍVEL TAMBÉM NO CAMINHO
030: A VONTADE DO EGO, O ORGULHO E O MEDO
031: VERGONHA
097: O PERFECCIONISMO IMPEDE A FELICIDADE; MANIPULAÇÃO DE EMOÇÕES
102: OS SETE PECADOS CARDEAIS
108: A CULPA FUNDAMENTAL POR NÃO AMAR. OBRIGAÇÕES
123: LIBERAÇÃO E PAZ PELA SUPERAÇÃO DO MEDO DO DESCONHECIDO
160: A CONCILIAÇÃO DA CISÃO INTERIOR
184: O SIGNIFICADO DO MAL E SUA TRANSCENDÊNCIA

ABC

Sentença do Guia “Enquanto você simplesmente desejar a sua própria felicidade, portanto não for um elo na corrente, o ego é de fato o centro, mesmo que você não tenha consciência disso.” P.004