Medida de proteção inconsciente que provém do medo egocêntrico e de um excesso de cautela em relação a entregar-se ao sentimento e ao ser. A manipulação proíbe o amor, muito embora certa dose de amor real também possa existir.

Existem muitas formas de manipulação nos relacionamentos: o deslocamento, a substituição, o desvio das necessidades e sentimentos para canais diferentes. Todas, enfim, geram sentimentos e necessidades que não existem, inclinações opostas àquelas que de fato se manifestaram espontaneamente.

Há uma tendência do homem, de um lado, à dramatização, aos exageros, expressando sentimentos mais fortes do que eles realmente são ou de proibir a sua força plena, frustrando assim sua intensidade. Ambos os procedimentos impedem o fluxo natural.

Qualquer uma dessas atitudes representa uma desonestidade para com o eu e, portanto, tem as mais graves consequências. Somos, de tal forma, doutrinados a manipular e influenciar nossas emoções, e o livre fluir dos nossos sentimentos, que são necessários tempo, observação e atenção consideráveis da nossa parte para, gradualmente, percebermos que atuamos assim.