Medo de dar
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Veja: Estado de contração, Frustração, Ressentimento

É um estado apertado, restritivo, ressentido, destrutivo, raivoso e rígido, de onde não queremos arredar pé.

Essa proteção distorcida empobrece e priva. Assim, é inevitável que a pessoa fique irritada. A pessoa comum encontra-se numa situação absurda, pois se fecha e se contém, se protege e se vigia excessivamente, incapaz de ser espontânea, sempre decidindo com a mente e a vontade, sem permitir que os processos criativos se manifestem.

Dessa forma, ela frustra a enorme necessidade de fazer parte do processo criativo. Frustra a si mesma, na medida em que recusa a si mesma o enorme prazer, a delícia de ser parte do fluxo de dar e receber. Não é um prazer esotérico, de outro mundo, dissociado do corpo. É necessariamente também um prazer físico. A ironia, nesse caso, é que ela fica ressentida com o mundo, por não lhe dar.

O mundo quer lhe dar – e, no entanto, ela não consegue jamais ver o que lhe é dado. Passa cegamente pela vida, ressentindo-se por não receber, sem saber exatamente o quê. O ressentimento é maior em relação àqueles que realmente querem lhe dar algo, que ela rejeita, e assim se priva ainda mais do que quer fluir para ela. Isso a ajudaria a dar, para também voltar a fazer parte do processo criativo.

Em outras palavras, ela se desliga do fluxo cósmico, criativo, de dar e receber, da constante ida e vinda, do constante movimento que ocorre no processo vital.

Palestra: 155

155: MEDO DO EU; DAR E RECEBER

ABC

Sentença do Guia “Normalmente, ao ouvir a palavra “experiência’, o homem pensa na experiência externa. É claro que não é este o significado. O verdadeiro significado é a experiência interna. Vocês sabem muito bem que é possível experimentar tudo que se pode conceber no mundo externo, porém se a experiência interior for impedida, a exterior significará muito pouco.” P. 191