Medo do crescimento
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Veja: Dualidade, Medo da morte, Ritmo

É a resistência profunda ao crescimento, além dos meandros psicológicos da neurose.

Essa oposição fundamental é ainda encontrada, mesmo depois das neuroses terem sido transcendidas e dissolvidas. Ela explica o porquê do nosso medo do crescimento, enquanto percebemos a vida em termos dualistas.

O que tememos é o fato de, ao atingir um objetivo, estarmos provocando sua destruição. Nós nos iludimos a nós mesmos, opondo-nos ao tempo, "adiando" a realização e, dessa forma, o seu temido oposto. O status quo, a estagnação, cria agitação ou movimento no sentido distorcido da palavra.

O medo do crescimento é a não aceitação, no plano dualista, de um crescimento que alcança primeiro um pico e depois decai, como todas as coisas viventes nesse plano que se movem num círculo perpétuo de vida e morte, construção e destruição, de ser e vir-a-ser.

Uma vez que a consciência humana está atrelada à dualidade e não pode transcendê-la, o processo de crescimento é muito problemático, já que o crescimento nesse plano desloca-se automaticamente em direção ao seu oposto.

Desde o momento em que nascemos, movemo-nos em direção à morte. A partir do instante em que nos expandimos e crescemos ao encontro da plenitude, começamos a curva descendente da destruição. Do instante mesmo em que lutamos por qualquer tipo de felicidade, temos que temer o seu oposto.

Em ritmo sempre variável, o movimento de crescimento cíclico, eterno, deve inevitavelmente aproximar-se do seu contrário. Ele vai da vida para a morte e retorna; da construção para a destruição e, daí, de volta à construção.

Palestra: 144

144: O PROCESSO E O SIGNIFICADO DO CRESCIMENTO

ABC

Sentença do Guia “A mudança só pode ser produzida de forma bastante indireta: por controle remoto, se posso usar essa expressão. A cada passo "para cima" que você dá no seu Pathwork, pouco a pouco, os seus sentimentos mudarão de maneira automática, natural e gradual. Mas uma das condições para realizá-lo é que você torne o seu subconsciente conhecido à sua consciência.” P. 013