Medo do eu
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Veja: Distorção, Estado de contração, Eu Inferior, Ignorância

É o medo básico do homem.

Toda espécie de medo significa, em última análise, medo do eu, pois se não houvesse medo algum do eu mais profundo, nada na vida seria temido.

O ser humano projeta esse medo real de si mesmo em uma série de outros medos exteriores, podendo ou não tomar ciência disso no decorrer de sua vida, pois esses medos projetados e deslocados podem muito bem ser negados e encobertos.

Todo o poder do medo oculto do eu de uma pessoa pode ser canalizado e concentrado em determinados medos específicos, ou dirigido para um grande temor da vida, para assim evitá-la. Esse medo também pode ser projetado no medo da morte, já que de fato vida e morte são uma única coisa.

A ignorância de si mesmo gera o medo, que cria uma atmosfera interior de fechamento, o que reforça as defesas. A negação da vida, dos sentimentos e do eu são uma só e mesma coisa. Este medo está por trás do medo da vida, do medo da morte, do medo dos outros.

O medo do eu leva ao afastamento de si mesmo e rouba do homem o direito intrínseco de ser uma pessoa feliz, livre, que vive e se desenvolve plenamente, que dá e recebe.

O medo de si mesmo remete ao fato, de um modo ou de outro, de que a pessoa não pode ser o que deseja ser. O ideal irrealizável a que a pessoa aspira gera uma cadeia negativa que sucede a recusa em não querer se enxergar por inteiro, assim: escolha limitada entre bom ou mau → alternativas limitadas anteriormente escolhidas também se transformam em alternativas indesejáveis → o desejo e a realização são vistos como negativos.

Quando desaparece o medo do eu, o desejo e a realização não são temidos, pois então se sabe que a realização não será um fim, mas um novo começo.

A essência do medo básico de nós mesmos é o temor dos aspectos destrutivos e demoníacos das nossas partes temporárias, distorcidas do Eu Inferior. O medo é, muitas vezes, um subterfúgio do núcleo básico da dor e passa a existir como resultado da fuga do enfrentamento da dor original. Medo, em geral, é uma distorção do cuidado.

Eva Pierrakos. Caminho para o Eu Real. São Paulo: Publicação Interna Pathwork São Paulo, 2012, Capítulo 10.

Palestras: 007, 100, 122, 130, 136, 138, 147, 155, 188, 238

007: DECIDA! PERFEIÇÃO, BEM-AVENTURANÇA, MEDO, PROBLEMA
100: ENFRENTANDO A DOR DOS PADRÕES DESTRUTIVOS
122: AUTO-SATISFAÇÃO ATRAVÉS DA AUTO-REALIZAÇÃO COMO HOMEM OU COMO MULHER
130: ABUNDÂNCIA VERSUS ACEITAÇÃO
136: O MEDO ILUSÓRIO DO EU
138: O DILEMA HUMANO DE DESEJAR E TEMER A PROXIMIDADE
147: A NATUREZA DA VIDA E A NATUREZA DO HOMEM
155: MEDO DO EU; DAR E RECEBER
188: AFETANDO E SENDO AFETADO
238: O PULSAR DA VIDA EM TODOS OS NÍVEIS DA MANIFESTAÇÃO

ABC

Sentença do Guia “A jornada para a crença positiva, a fé nas possibilidades de desdobramentos positivos exige um período de crescimento, um período de amadurecimento. Essa necessidade existe simplesmente porque seus processos mentais estão tão acostumados a acreditar no negativo que precisam ser reajustados.” P.236