Medo do Self
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Veja: Centro interior, Coragem, , Sabedoria

É o medo da atividade espontânea do coração, que surge da má interpretação da realidade e da subestimação do self.

As duas tendências interrelacionadas criam barreiras para amar e o amor aparece como perigoso. O coração humano se torna muito tímido e reticente. Demasiadamente precavidos com relação ao amor, nos tornamos ausentes e isolados. Alguns de nós nos vemos divididos entre amar e não amar. Mas isto apenas nega, em vez de afirmar o amor. Criamos, então, todo tipo de condições e impedimentos. Existem sempre muitos "se" e "mas".

Por medo do self a humanidade oscila entre dois extremos: continuar sendo a criança gulosa e egoísta, que quer apenas receber e não está nem um pouco disposta a dar, ou fazer um esforço para se adequar a um falso conceito de amor. As duas alternativas são indesejáveis e geralmente o homem pula de uma para a outra, embora um dos elementos possa ser mais forte.

De acordo com o grau em que esse conflito e essa tensão existem em uma personalidade, os vários aspectos da consciência entram em desavença mútua. A entidade não percebe o significado do conflito e tenta se identificar com um ou vários desses aspectos, sem saber qual ou o que é o verdadeiro Eu.

A identificação com qualquer dos fatores mencionados é uma distorção humana. Não somos nem os nossos traços negativos, nem a consciência imposta e autopunidora, tampouco nossos traços positivos. Mesmo que tenhamos conseguido integrar estes últimos na inteireza do nosso ser, não é o mesmo que se identificar com eles.

É mais exato dizer que somos aqueles que integram, ao determinar, decidir, agir e querer de modo que possamos absorver no nosso Eu o que era antes um apêndice.

Sem estar em contato com nosso ser mais profundo, não podemos funcionar adequadamente, quando a vida solicitar respostas criativas, nem podemos entrar em contato com o ser mais profundo de outra pessoa, que afinal é o verdadeiro relacionamento.

Se as pessoas estivessem verdadeiramente dispostas a dar aquilo que elas são, tanto seu potencial quanto a parte já realizada do seu self, se elas oferecessem de boa vontade o melhor de si à vida, e deliberadamente mantivessem isto como sua meta, elas não poderiam estar em conflito com elas mesmas ou com a vida.

Para estar em harmonia com a vida: primeiro, é preciso invocar deliberadamente nossos poderes internos, confiando neles, mesmo sem tê-los experimentado completamente; segundo, é preciso cultivar uma atitude geral interna compatível com os poderes superiores no âmago do nosso ser. Essa atitude compatível significa ser totalmente construtivo em todos os nossos esforços, desejos, e objetivos.

Só se pode confiar na aguçada sintonia com as necessidades do organismo – físico e espiritual – na medida em que tenhamos coragem de ir até o fim para ver e conhecer, bem como aceitar todos os aspectos de nós mesmos que trouxemos para esta vida como nossa tarefa. Para construir uma ponte até esses aspectos, precisamos de fé, coragem, sabedoria interior – qualidades que podem ser ativadas quando nos comprometemos com o Pathwork.

Palestras: 133, 138, 155, 189, 238

133: O AMOR, NÃO COMO UM COMANDO, MAS COMO MOVIMENTO ESPONTÂNEO DA ALMA DO EU INTERIOR
138: O DILEMA HUMANO DE DESEJAR E TEMER A PROXIMIDADE
155: MEDO DO EU; DAR E RECEBER
189: A AUTO IDENTIFICAÇÃO DETERMINADA PELOS ESTÁGIOS DA CONSCIÊNCIA
238: O PULSAR DA VIDA EM TODOS OS NÍVEIS DA MANIFESTAÇÃO

ABC

Sentença do Guia “O fator decisivo não é com que um homem nasceu – vantagens e desvantagens, positivo ou negativo (do ponto de vista humano) – e sim o que o homem faz com isso.” P. 010