É a atitude de quem vivenciou e compreendeu que a luta pela vida física não passa de uma expressão do medo da morte. Essa luta é, em nível mais profundo, uma expressão válida do grande movimento da criação, o cumprimento do Plano de Salvação.

“Estar no mundo sem ser do mundo” é uma declaração que leva a uma vontade alegre de viver no corpo, sem qualquer vestígio de medo da morte física. A personalidade percebe totalmente que, nos níveis internos do infinito e da eternidade, existe uma vida maior, mais plena, onde está livre das ameaças de morte, de não ser, de dor, de injustiça, de insegurança, de solidão. A vida externalizada no corpo, a despeito da morte física que um dia virá, passa a ser um alegre empreendimento por uma causa maior.

A morte física em si é encarada cada vez mais como uma transformação no estado original de existência mais plena e mais capaz de bem estar. Esse entendimento profundo só acontece, se e quando a pessoa vive um profundo compromisso para com Deus, no sentido de cumprir a tarefa que deve cumprir. Essa tarefa tem duas vertentes: purificação pessoal e transformação e doação do talento, das qualificações, das energias, das propriedades para uma causa maior, o Plano de Salvação conforme a vontade de Deus. Quando esse compromisso é assumido, todas as peças acabam se encaixando.

Realizar esse compromisso pode levar tempo por causa de pontos cegos e da profunda inconsciência que ainda possam perdurar, a despeito do próprio compromisso. Mas o tempo, de qualquer modo, não passa de um obstáculo ilusório. Quanto mais completo for o compromisso e quanto maior a sinceridade com que ele é colocado em prática diariamente, tanto maior será o nosso estímulo e alegria de viver.