É um sentimento temporário que precisa ser aceito.

O primeiro passo nessa direção é compreender que ele não pode ainda ser diferente do que é.

Apenas ao aceitar nossas limitações humanas é que a agressividade e a hostilidade desaparecerão, porque, no fundo, descobriremos e nos tornaremos conscientes de que nos sentimos feridos, rejeitados.

A vergonha e o medo da nossa própria agressão nos leva a sobrepor sentimentos agressivos, duros e muito desagradáveis às ideias de que não deveríamos sentir o que sentimos.

Ao nos tornarmos conscientes de nossa própria ferida, aspecto muito mais autêntico, se tornará mais fácil lidar com ela, que por sua vez de diluirá, dando lugar aos sentimentos genuínos, ainda mais próximos do nosso Eu Real.

Antes de tudo, temos que abrir mão da expectativa de que nós, assim como os outros, devemos sempre compreender e saber. Aceitemos o fato de que não temos clareza com relação a nós mesmos e aos outros e de que essa falta de clareza pode permanecer, sendo até possível que ela se esclareça por si mesma porque nossa resistência a ela desapareceu.

Aceitemos também a agressividade que ainda sentimos, apenas perguntando se ela não é uma distorção da nossa ferida. Então, aceitemos a ferida.

Desta forma, podemos descobrir uma resposta mais rapidamente do que na pressão compulsiva e confusa de que nós já “deveríamos não sentir agressividade”.