O sistema educacional atual fica muito aquém do que deveria ser, não em termos ideais, mas em termos realistas, no nosso próprio tempo. A educação é compartimentada. O fator de união de todos os ramos do conhecimento é totalmente desconsiderado ou ignorado, de modo que a mente humana cresce com a ideia de muitos assuntos, todos separados.

Essa separação fomentada nos conceitos intelectuais do indivíduo fatalmente afeta, desvia e fortalece a separação interior das forças da alma, impedindo assim a criatividade. A criatividade só pode existir com a inteireza, jamais com a separação ou como resultado de uma compartimentação.

Assim, o mais importante aspecto da educação é o da unificação. Seria preciso mostrar aos jovens a verdade, isto é, a de que existe um denominador comum a todos os ramos do conhecimento. Esse procedimento acabaria afetando e influenciando as correntes da alma. Indiretamente, contribuiria para sua integração.

No entanto, outro aspecto é fundamental: o tratamento e a dissolução dos conflitos pessoais dos jovens. Quando a natureza é mais robusta, devido ao desenvolvimento em encarnações anteriores, os problemas do presente têm efeito menor, e portanto as forças criativas fluem com muito mais liberdade.

Nessas pessoas, a atitude natural é crescer com os problemas, assimilando-os, bem como a experiência que eles proporcionam, em vez de se deixar anular por eles. Quanto mais prevalece essa atitude, mais a criatividade se manifesta. Quando menos ela existe, tanto mais a criatividade fica latente. Nesse caso, o trabalho de autoconhecimento e reeducação interior é essencial. Mas em todos os casos, ele é importantíssimo no sentido de criar uma nova humanidade.

Um dia, essa reeducação interior, essa cura das correntes doentias, semelhante ao nosso trabalho do caminho, será um fator naturalmente aceito da vida. Será uma parte essencial da educação de todas as crianças, a base da educação. O mundo caminha para essa meta.

Outro aspecto para sanar esse problema é um tipo diferente de educação e abordagem em casa. Isso requer que os pais sejam reeducados. Seria preciso esclarecer a eles a importância e a influência dos seus problemas sobre os filhos, e incentivá-los a fazer o máximo de autoinvestigação para aceitar plenamente a responsabilidade da paternidade. Assim, sua capacidade de amor saudável e maduro atingiria o máximo potencial, de modo a afetar tão favoravelmente os filhos que eles cresceriam com menos petrificação, rigidez, paralisia, imagens, problemas.