A atitude do professor, no que diz respeito aos seus alunos, implica na sua tomada de consciência dos obstáculos atuais da educação ao desenvolvimento da criatividade dos jovens e da importância do trabalho de autoconhecimento no sentido de estimulá-la. Mesmo enquanto as condições do nosso mundo ainda estejam longe de serem o que deveriam e poderiam ser, o simples fato de tomar consciência vai ajudar.

Evidentemente é necessária a autoinvestigação e desenvolvimento, aspectos esses que aliados às condições gerais como deveriam ser, em comparação com o que são, dará ao professor insight intuitivo suficiente com relação às necessidades dos alunos, uma vez que o avanço no caminho do autoconhecimento suscita percepções intuitivas.

Um dos mais importantes aspectos para um professor, se ele quiser de fato desenvolver ao máximo sua vocação, é o desejo interior de ajudar. Esta ajuda precisa ser a motivação dominante, nítida, altruísta – conscientemente cultivada, controlada quando está diluída ou fraca, e fortalecida quando vem à tona em toda a sua beleza. Essa motivação precisa ser esclarecida e nutrida constantemente.

A energia necessária para isso não pode ficar entregue a si mesma. Ela também precisa ser controlada e alimentada. Todos os dias, deve-se formular o desejo de que, pelo menos um jovem, se não puder ser mais, seja enriquecido. Se isso for feito, automaticamente o professor receberá orientação e inspiração. O enriquecimento pode ser muito sutil; talvez possa ser lançada uma semente, mas quem fizer um esforço nesse sentido perceberá.