Transgressão (reação à autoridade)
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Veja: Autoridade, Legalismo, Obstinação, Rebeldia

É uma reação psicológica de rebeldia e enfrentamento da autoridade.

Nela, a obstinação é uma corrente oculta, assim como o orgulho.

O legalista tem efeito danoso sobre o transgressor. Quanto mais poderosas forem as forças e reações ocultas nas atitudes do defensor da lei (embora ele possa estar conscientemente na maior boa-fé), mais adverso será o seu efeito sobre o transgressor.

A verdadeira lei, a lei divina, é diferente daquela atitude fraca e com frequência duplamente intolerante do legalista que escolheu a sua posição por medo e para ver-se livre das desvantagens que a sua própria rebelião pode ter lhe causado. O transgressor tem uma forte inclinação para a coragem, ao contrário do legalista, cuja inclinação maior é para a organização e a paz.

Esses dois extremos opostos colocam em movimento um Círculo Vicioso: quanto maior a rebelião da parte do transgressor, mais severo e intolerante se torna o legalista, para proteger-se do seu próprio medo e da sua própria rebelião. Como resultado, a rebelião e a resistência no transgressor tornam-se mais fortes.

Ele não tem consciência do fato de que a sua resistência não se volta mais contra a lei enquanto tal, ou contra a autoridade em seu sentido bom e verdadeiro, mas na realidade contra a nota falsa no legalista, igualmente inconsciente. Quantos transgressores chegam a cometer crimes, não pelas "vantagens" que o crime pode trazer, mas por oposição à "bondade", quer real ou imaginária do legalista.

Quando a pessoa chegou a tal ponto em seu Círculo Vicioso, ela não pode mais reconhecer o tipo certo e verdadeiro de autoridade, mesmo que o encontrasse. Ela reagirá cegamente, sem discriminação interior, porque não possui a perspectiva de que existe uma diferença entre a lei, autoridade e a nota falsa do legalista.

Palestra: 046

046: AUTORIDADE

ABC

Sentença do Guia “Por mais importante que seja o pão de cada dia, sua importância é secundária em relação ao pão espiritual de que o homem necessita.” P.016