Desejar
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Veja: Compulsão, Deslocamento, Motivação, Renúncia

É um movimento da alma.

Tudo que tem expressão humana pode estar em harmonia com as forças universais e as leis da criação. Sempre que nossa capacidade de desejar é obstruída, consciente ou inconscientemente, não se consegue atingir a satisfação. Por fora podemos desejar uma satisfação específica com todas as nossas forças, mas por dentro estão envolvidos alguns fatores inconscientes que impedem a realização desse desejo. Portanto, é preciso distinguir as motivações sadias e doentias dos desejos, já que a coisa em si nunca é certa ou errada, boa ou má, desejável ou indesejável.

Quando a motivação é sadia, o desejo é verdadeiro e criativo. Tudo depende do modo como é expressa. O desejo é o projeto que passamos a executar. Para diferenciar a espécie criativa da espécie destrutiva da corrente do desejo, é preciso verificar, em nós mesmos e nos outros, se o desejo, o querer, flui sem o “é imprescindível”, ou se contém esse aspecto compulsivo. Para querer da maneira certa, o desejo deve ser tão descontraído que não precisa ser satisfeito. Se conseguirmos desejar com força, mas sem qualquer vestígio de “precisar”, pensando “posso passar sem isso, posso sofrer essa dor sem ser aniquilado, destruído, sem ficar infeliz”, nesse caso o poder do desejo é de fato ilimitado. A força da energia assim liberada, devido à ausência de medo e à ausência de manipulação nos níveis mais sutis, é enorme.

No caso da motivação doentia, o desejo é distorcido, derrotista, e pode provocar mais destruição. O desejo também pode ser uma corrente de energia transformada, isto é, deslocada, por exemplo, o desejo intenso por alimentos e bebidas.

Palestras: 056, 121, 157, 192, 206

056: A CAPACIDADE DE DESEJAR
121: DESLOCAMENTO,SUBSTITUIÇÃO, SOBREPOSIÇÃO
157: INFINITAS POSSIBILIDADES DE EXPERIÊNCIAS PREJUDICADAS PELA DEPENDÊNCIA EMOCIONAL
192: NECESSIDADES FALSAS E REAIS E SUA RELAÇÃO COM O ESTADO DE CONSCIÊNCIA DO HOMEM
206: DESEJO - CRIATIVO OU DESTRUTIVO

ABC

Sentença do Guia “Se o homem não consegue se permitir, livremente, no mais profundo do seu ser, fluir com a corrente cósmica, ele necessariamente distorce essa corrente cósmica em seu íntimo. Como não confia nessa força cósmica, e como se opõe a ela, e como essa mesma força cósmica se manifesta em seu eu mais profundo, ele não confia em si mesmo.” P. 149