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Veja: Compromisso, Corrente-sim e corrente-não, Fé, Verdade
É o oposto da fé, mas, se o processo de duvidar for vivido corretamente, vai levar à fé.
Duvidar da maneira errada leva a uma enorme divisão. É preciso, portanto, investigar não apenas do que se duvida, mas também como e por quê. Duvidar da maneira errada é assumir uma atitude dogmática e duvidar da maneira certa é abrir-se internamente para a verdade. Se duvidarmos de algo que não queremos conhecer, a dúvida é desonesta.
Logo, as dúvidas precisam ser questionadas. A dúvida real seleciona, pondera, diferencia, procura a verdade, sem fugir do trabalho mental de lidar com a realidade. Isso leva às diversas etapas da fé. Em cada uma delas, o tipo certo de dúvida é requerido.
Sempre que a dúvida reaparece, no processo de autoconhecimento, é o Eu Inferior do ser humano que fala. Quando a dúvida se vai, quem fala é o Eu Superior.
As dúvidas são expressão das correntes contraditórias da alma e precisam ser encaradas.
É preciso desenvolver a humildade com relação à falta de fé completa.
Nem sempre aquele que duvida quer abrir mão da dúvida, porque tem medo demais de livrar-se dela. O que se teme é, de fato, o compromisso. O compromisso de todo o coração desperta tanto medo, porque se acredita, erradamente, que ele exige renunciar à inteligência, aos direitos, à razão, à autopreservação, à capacidade de escolher, à autodeterminação.
Isso não é verdade. Simplesmente significa integridade total, propósito direto, sem fugas, sem motivações encobertas, fazer a coisa pela própria coisa, sem subterfúgios.
Palestras: 013, 033, 129q, 221