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Veja: Agora, Crenças negativas, Defesa, Fantasias, Necessidades insatisfeitas
São reações que não condizem com a realidade. São, portanto, defesas para não entrar em contato com perigos imaginários, o que nos coloca em desequilíbrio.
Cada emoção negativa entra em conflito com o fragmento limitado de tempo à nossa disposição. Não gostamos do presente e esperamos algo melhor do futuro. Ao mesmo tempo tememos o futuro que nos acena com a morte e a decadência e então desejamos parar o tempo.
Se tomarmos consciência dos nossos sentimentos e investigarmos as razões de nossas insatisfações e as dificuldades que nos fazem afastarmo-nos delas, seríamos capazes de viver o agora de maneira plena, significativa e dinâmica, obtendo todas as muitas alegrias de cada momento que não conseguimos ver no presente.
Como sempre, a consciência do esforço interior para afastar-se do agora é o primeiro passo.
As emoções podem servir de válvula de escape para a fantasia da realização de desejos quando existem necessidades não reconhecidas ou reprimidas. Nesses casos, a pessoa abre mão da comunicação, desiste de buscar o outro e busca realização física, mental, emocional e espiritual apenas nas fantasias.
Nossas necessidades não podem ser preenchidas se não abandonarmos nosso isolamento. Se reprimimos a percepção das nossas necessidades ou as deslocamos para necessidades superpostas que não são genuínas, criamos confusão, rigidez, paralisamos nossa espontaneidade, nossa capacidade de viver, sentir e experimentar a realidade, o que por sua vez cria círculos viciosos que tornam mais difícil quebrar o padrão destrutivo.
Sem colocar as emoções de lado vamos reconhecer fatores, em nosso íntimo, que os tornam subjetivos, distorcidos, longe da realidade. Em resumo, vemos todos os bloqueios que impedem os sentimentos e a intuição.
Depois que a repressão é interrompida, encontramos não apenas emoções negativas pessoais e definidas, tais como hostilidade, ressentimento, agressividade, inveja, etc., mas também alguns estados doentios reinantes na psique: a tendência à moralização, que nos torna arrogantes e intolerantes; os exageros, que se apoiam na atitude interna ou/ou e que nos levam a manipular as emoções, substituindo as emoções reais por emoções desproporcionais. O excesso de emotividade provavelmente se manifesta de determinadas maneiras, enquanto outras emoções são proporcionalmente empobrecidas por causa do exagero de emoções em outros aspectos. Ambos os estados se relacionam entre si e com as necessidades insatisfeitas.
Emoções distorcidas, unilaterais, negativas são geradas por concepções e interpretações errôneas da realidade, o que indica percepção falha, falta de compreensão, consciência insuficiente.
O simples exercício da observação constante das emoções e reações irrealistas e imaturas atenua o impacto delas e dá início ao processo de sua eliminação automática. Depois que ocorre certo grau de eliminação, a psique está pronta para cruzar o limiar. Mas o ato de atravessá-lo, no início, provoca dor.
Ao cruzar esse importante limiar, imaginamos que os padrões construtivos possam substituir imediatamente os velhos padrões destrutivos. Essa expectativa é irrealista, não verdadeira. Os padrões construtivos não podem ter um alicerce firme, antes de sentirmos e passarmos pela dor e frustração original e por tudo aquilo do que fugimos.
Palestras: 090, 097, 098q, 100, 101, 111, 112, 119, 141q