É um sentimento que surge da autoilusão relativa aos próprios motivos.

Quando encaramos honestamente o que somos, não importa se a atitude ou o desejo são imperfeitos, o complexo de inferioridade desaparece. Só nesse momento, não teremos mais necessidade de desejar coisas como um meio para outro fim.

Desejarmos riqueza porque queremos ser ricos, isso não é um meio para um fim, mas se for para atenuar um complexo de inferioridade, nós a desejamos para satisfazer algo que não tem relação direta com o objetivo em si.

Ao fazer isso, entramos em um daqueles famosos círculos viciosos, e por causa da motivação errada, sentimo-nos ainda mais inferiores. Para eliminar esse sentimento fortalecemos a motivação errada, acreditando que ela possa ser o remédio.

A única maneira de quebrar essa função desesperada de correr em círculos é começarmos a enxergar claramente nossas motivações e desejos. A proibição contra o amor vem desse engano básico, e da má interpretação da realidade. A subestimação do self e o decorrente sentimento de inferioridade impedem de ver a outra pessoa como algo real.

Como resultado dos nossos sentimentos de fraqueza e inadequação, as outras pessoas assumem um papel de gigante contra o qual nos defendemos, rejeitando-as, desprezando-as, ou ressentindo-nos.