É a atitude determinada de não mais adotar velhos padrões de comportamento e de instituir novos padrões, a partir do momento em que estejamos plenamente convencidos do seu valor.

A disciplina entendida de modo adequado integra as funções do ego com os potenciais altamente criativos ainda adormecidos e involuntários e só produzidos por meio de constante avaliação e teste de uma disciplina relaxada que se alterna com uma entrega adequada. Qualquer dessas atitudes jamais poderá ser prejudicial, se a seguinte chave for observada: autorrevelação, autoconfrontação e um caminho totalmente verdadeiro.

Disciplina e entrega, usadas contra a verdade, são prejudiciais, tornando no primeiro caso a pessoa rígida e, no segundo, leniente consigo mesma. A ordem é pré-requisito indispensável para a realização espiritual e material, pois só então o abandono da pessoa aos processos involuntários pode ser seguro. A pessoa autodisciplinada pode entregar-se à espiritualidade, à sexualidade, aos sentimentos e processos mais profundos. Preenche as funções do seu ego em vez de dispensá-lo totalmente, o que é uma abordagem falsa.

Quando disciplina e desapego de si mesmo ocorrem através da sabedoria, verdade, força, liberdade, e amor, o resultado é unidade e autossatisfação. Os princípios masculino e feminino de disciplina e força se encontram com a autoentrega e desapego do self e se tornam um. Cada um se torna o outro e cada um ajuda o outro a se integrar mais completamente e harmoniosamente.

Por meio da força saudável, disciplina flexível, e autorresponsabilidade madura, a entidade se torna forte o suficiente para não temer a autoentrega, e sábia o suficiente para não fazer isto indiscriminadamente. A educação da nova era precisará estimular, de um lado, a autodisciplina e, de outro, a liberdade e a espontaneidade.

Vários aspectos da disciplina são tratados nas palestras: disciplina no processo de autoconhecimento (095 e 153); disciplina e sua relação com o princípio masculino e feminino (122); autodisciplina (104q, 205, 231).