Medo do prazer
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Veja: Apego, Deslocamento, Destrutividade, Estado de contração, Negatividade

É a expressão do desejo de desprazer, assim como o medo da morte sempre indica um desejo inconsciente de morte.

O medo do prazer é um dos aspectos mais importantes do medo do eu.

A atitude em relação à morte, em todos os seus aspectos, determina a capacidade de viver e experimentar prazer. Quanto mais sadia for a atitude diante da morte, mais força vital pode fluir através do indivíduo e, portanto, mais saudável e duradoura será a gratificação do seu impulso de prazer.

Se não é reconhecido, o medo do prazer pode se manifestar numa luta excessiva pelo prazer, numa ansiedade grande em não ser capaz de realizá-lo e em um pessimismo ou desencanto a respeito dele.

Prazeres substitutos são então buscados, em geral freneticamente; mas esses prazeres são vazios e deixam a pessoa exausta e insatisfeita. A pessoa flutua entre dois extremos danosos: resignação e superatividade compulsiva, cega e, consequentemente, não apropriada.

Só quando estivermos agudamente conscientes de como tememos e negamos nosso próprio prazer é que vamos parar de responsabilizar outros pela nossa privação, um deslocamento que nos faz sofrer muito. Trata-se de um fardo sutil, não explícito, do qual temos que descobrir as razões e consequências.

Uma das razões é nosso apego à negatividade, à nossa falta de vontade de abandonar padrões de comportamento destrutivos, o que nos faz sentir não merecedores e temerosos do prazer verdadeiro.

O prazer negativo acolhe três atitudes, que estão na raiz de todo desvio e destrutividade: orgulho, obstinação e medo, que criam um estado de contração.

O prazer supremo da corrente de energia cósmica é temido, porque parece insustentável, amedrontador, insuportável e quase aniquilador, quando a personalidade ainda está voltada para a negatividade e a destrutividade.

Em outras palavras, enquanto a personalidade não harmoniza sua integridade, e a impureza, a desonestidade, o engano e a malícia ainda existem na psique, o prazer puro deve ser rejeitado. O prazer negativo é muitas vezes a única maneira da entidade poder experimentar uma fração do prazer como um todo.

Temer o prazer como se fosse um perigo exige que façamos a nós mesmos perguntas para encontrar os elementos da nossa desarmonia. Estes aspectos mostram precisamente onde, por que e em que grau o prazer puro é rejeitado.

Quando nós admitimos o temor e a rejeição do prazer, e que não é a vida que nos priva dele, começa nossa aventura para dissolver os bloqueios que criamos para ele. Portanto, é absolutamente essencial que possamos nos abrir para observar nossas próprias reações interiores que fogem da felicidade e do prazer.

É correto dizer que o desenvolvimento espiritual traz necessariamente um aumento de prazer, entendido como um estado de bem-aventurança física e espiritual, que é experimentado em cada partícula do corpo e da alma de uma pessoa, do ser externo e interno, com todas as sensações e faculdades vivas, despertas e ativas.

Palestras: 081, 130, 148q, 155, 156q, 158, 177

081: CONFLITOS NO MUNDO DA DUALIDADE
130: ABUNDÂNCIA VERSUS ACEITAÇÃO
148: POSITIVIDADE E NEGATIVIDADE: UMA ÚNICA CORRENTE DE ENERGIA
155: MEDO DO EU; DAR E RECEBER
156: PERGUNTAS E RESPOSTAS
158: A COOPERAÇÃO OU OBSTRUÇÃO DO EGO AO EU REAL
177: PRAZER - A PLENA PULSAÇÃO DA VIDA

ABC

Sentença do Guia “Seria demais dedicar um certo tempo e esforço todos os dias para olhar para si mesmo, encontrar áreas onde algo está faltando, a fim de melhorar sua consciência espiritual?” P.003